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    Renúncia de Biden: Kamala Harris, Michelle Obama e outras possibilidades para a corrida presidencial

    Toledo Advogados Associados

    De acordo com Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, a ex-primeira-dama apresenta os maiores índices de aprovação

    No último domingo, dia 21 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sua retirada da corrida presidencial de 2024. Em uma carta divulgada nas redes sociais, Biden mencionou que fará um pronunciamento oficial à nação em breve. 

    Para muitos observadores políticos dos EUA, a saída de Joe Biden da corrida presidencial não foi uma total surpresa. Biden vinha enfrentando dificuldades significativas em termos de saúde física e mental, além de pressão crescente de seu próprio partido. Nos últimos meses, sinais de esgotamento foram evidentes, levando a questionamentos sobre sua capacidade de enfrentar mais uma campanha eleitoral extenuante e um segundo mandato.

    Kamala Harris como sucessora natural?

    A vice-presidente Kamala Harris é uma das figuras mais mencionadas para substituir Biden como candidata democrata. 

    No entanto, para Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, sua popularidade e desempenho têm sido controversos. “Harris enfrentou críticas severas, especialmente por sua gestão da crise na fronteira. Embora Biden tenha a elogiado em sua carta de despedida, muitos dentro do partido democrata não compartilham desse entusiasmo, colocando sua indicação em uma posição incerta”, revela.

    Outras possibilidades

    Além de Kamala Harris, outros nomes têm sido considerados para liderar a chapa democrata em 2024.

    Gretchen Whitmer, a governadora de Michigan, é vista como uma candidata viável que pode atrair votos adicionais para o partido. “Mesmo ganhando força nas pesquisas, indicando um forte apoio, há dúvidas se Whitmer tem força suficiente para derrotar Trump, tendo em vista que sua capacidade de mobilizar eleitores pode não ser o suficiente para garantir uma vitória”, opina.

    Gavin Newsom, governador da Califórnia, também é um nome forte dentro do partido. Mas há ceticismo quanto à possibilidade de uma chapa composta por dois candidatos da Califórnia, caso Harris também seja considerada. “A presença de dois candidatos do mesmo estado pode não ser a estratégia ideal para conquistar eleitores em todo o país”, alerta Toledo.

    Pete Buttigieg, secretário de Transporte dos EUA, também é uma possibilidade. Mas seu desempenho é criticado, com comparações desfavoráveis aos últimos 20 anos de gestão. “Buttigieg pode não ser um candidato forte o suficiente para enfrentar Trump. Afinal, sua capacidade de atrair eleitores e efetivar mudanças significativas é questionada, inclusive, por pessoas ao seu redor”, relata.

    O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, é altamente respeitado e bem articulado. Para o advogado, Shapiro é visto como um candidato perigoso para os republicanos devido à sua popularidade e habilidade de articulação. “Ele é considerado um potencial unificador dentro do partido, com uma reputação sólida que poderia atrair eleitores moderados e fortalecer a posição dos democratas”, afirma.

    Toledo acredita, no entanto, que Michelle Obama é o nome mais forte entre os cogitados. “A ex-primeira-dama tem uma influência significativa e poderia trazer um novo fôlego à campanha democrata. Ela é vista como a única capaz de derrotar Trump, devido à sua popularidade e ao apelo histórico de, se eleita, ser a primeira mulher negra presidente dos Estados Unidos”, revela. 

    Além disso, a influência contínua de Barack Obama dentro do partido é um fator decisivo para sua candidatura. A combinação de Michelle Obama e Kamala Harris ou Josh Shapiro é apresentada como uma chapa potencialmente vencedora.

    Impacto na campanha de Trump

    A saída de Biden altera significativamente o panorama eleitoral. Donald Trump, que já estava competindo contra Biden, agora enfrentará um novo oponente, possivelmente mais forte. “A dinâmica da campanha mudará, e os republicanos precisam ajustar suas estratégias para enfrentar os novos desafios”, declara.

    Para o especialista em Direito Internacional, a renúncia de Joe Biden marca um ponto de virada nas eleições de 2024. “A decisão sobre quem será o próximo candidato democrata terá profundas implicações para a campanha e para o futuro político dos Estados Unidos. Enquanto Kamala Harris, Josh Shapiro e Michelle Obama permanecem como principais candidatos, a corrida está aberta e promete ser imprevisível”, finaliza.

    Sobre Daniel Toledo

    Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse o site. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 290 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford – Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR.

    Sobre a Toledo e Advogados Associados

    O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais. Atua há mais de 20 anos com foco na orientação de indivíduos e empresas em seus processos. Cada caso é analisado em detalhes, e elaborado de forma eficaz, através de um time de profissionais especializados. Para melhor atender aos clientes, a empresa disponibiliza unidades em São Paulo, Santos e Houston. A equipe é composta por advogados, parceiros internacionais, economistas e contadores no Brasil, Estados Unidos e Portugal que ajudam a alcançar o objetivo dos clientes atendidos. Para mais informações, acesse o site ou entre em contato por e-mail contato@toledoeassociados.com.br.

    • Créditos: Carolina Lara Comunicação
    • Colaboração: Turismo em Pauta
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    Primeiro encontro do Movimento Mulheres Patriotas

    O primeiro encontro do Movimento Mulheres Patriotas em São Paulo, realizado no último sábado, dia 20 de julho, foi marcado pela presença de figuras proeminentes como a jornalista Rita Minami, a Secretária Executiva da UVESP (União dos Vereadores do Estado de São Paulo), Silvia Melo, o Professor e Diretor da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Vírgilio Carvalho, e Roberto de Lucena, Secretário de Estado de Turismo e Viagens.

    A anfitriã do evento, a Advogada Fernanda Torres, enfatizou a importância das mulheres na política, destacando seu papel crucial como inspiração para novas lideranças.

    Fernanda Torres afirmou: “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política.” Essas palavras refletem o compromisso do Movimento Mulheres Patriotas em promover a participação feminina no cenário político, buscando transformações significativas tanto na representação quanto nas políticas públicas.

    O evento em São Paulo representa um marco importante na mobilização e empoderamento das mulheres patriotas, reforçando a necessidade de ampliar a presença feminina em todos os níveis de tomada de decisão política.

    • Fotos divulgação
    • Créditos: Turismo em Pauta
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    ”Movimento “Mulheres Patriotas SP”: Uma Força para a Transformação e o Empoderamento Feminino

    Quem é Fernanda Torres?

    Fernanda Torres é uma mulher multifacetada que dedica sua vida a causas sociais e ao empoderamento feminino. Mãe, cristã, advogada, empreendedora e engajada na política, ela possui uma trajetória marcada por ações que transformam realidades.

    Sua expertise na área da beleza se traduz no programa Beleza Social, idealizado por ela mesma. Através dessa iniciativa, mulheres de baixa renda recebem capacitação profissional e ganham autonomia financeira, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

    Na esfera política, Fernanda se destaca por sua perspicácia e compromisso com a defesa dos direitos das mulheres. Sua atuação contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a voz feminina ecoa com força e influência.

    A Importância dos Estudos Políticos para as Mulheres

    Em um mundo em constante mudança, a compreensão dos mecanismos políticos torna-se crucial para o exercício da cidadania plena. As mulheres, que compõem a maior parte do eleitorado brasileiro, têm um papel fundamental a desempenhar nesse cenário.

    Os estudos políticos oferecem ferramentas valiosas para que as mulheres possam analisar criticamente o funcionamento das instituições, o impacto das políticas públicas e seu papel como agentes de transformação social. Através do conhecimento e da engajamento, elas podem influenciar decisões e construir um futuro mais próspero para si mesmas e para as próximas gerações.

    Para as mulheres empreendedoras, essa compreensão se torna ainda mais essencial. Ao navegar pelas complexidades do ambiente de negócios e compreender as políticas que afetam o empreendedorismo, elas podem tomar decisões estratégicas e alcançar o sucesso em seus projetos.

    Objetivos do Movimento “Mulheres Patriotas SP”

    O “Mulheres Patriotas SP” surge como um movimento inspirador que visa impulsionar o protagonismo feminino em diversos âmbitos:

    Educação Política: Através de workshops, palestras e outras atividades educativas, o movimento busca conscientizar as mulheres sobre a importância da participação política e fornecer ferramentas para que elas possam se engajar ativamente na sociedade.

    Empreendedorismo: Oferece mentoria, cursos e treinamentos para apoiar o desenvolvimento de negócios liderados por mulheres. O objetivo é impulsionar o empreendedorismo feminino, gerando oportunidades de renda e autonomia financeira.

    Rede de Apoio: A criação de uma comunidade vibrante e solidária é fundamental para o movimento. Através de eventos de networking e grupos de discussão, as mulheres podem se conectar, trocar experiências, compartilhar desafios e celebrar conquistas juntas.

    Protagonismo Feminino: O movimento valoriza a força e o potencial das mulheres como agentes de mudança na sociedade. Ao reconhecer suas diversas contribuições, tanto no âmbito familiar quanto profissional, o “Mulheres Patriotas SP” busca inspirar e empoderar as mulheres para que alcancem seus objetivos e construam um futuro mais promissor.

    Mais do que um Movimento, Uma Jornada de Transformação

    O “Mulheres Patriotas SP” transcende a definição de um simples movimento. É um chamado à ação, um convite para que as mulheres se unam e construam juntas uma sociedade mais justa, igualitária e próspera.

    Se você busca fazer a diferença no mundo e contribuir para um futuro melhor, o “Mulheres Patriotas SP” te convida a se juntar a essa jornada de transformação e empoderamento feminino. Acesse a página de contato do movimento para saber mais sobre como participar e fazer parte dessa mudança inspiradora.

    Juntas, somos mais fortes!

    • Créditos: Fernanda Torres
    • Colaboração: Turismo em Pauta
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    Principais confederações patronais divulgam manifesto conjunto por reforma tributária justa e igualitária

    Em uma atuação conjunta, as principais confederações patronais do Brasil lançaram, nesta terça-feira, 18 de abril, o manifesto “O Brasil não pode errar na reforma tributária”. Assinam o documento a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCOOP).

    Desde fevereiro, a CNC vem realizando uma agenda de sensibilização na Câmara dos Deputados, Senado Federal e governo federal para defender os interesses do setor terciário, maior empregador do País e responsável por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB). No site reformatributaria.cnc.org.br, é possível conferir o documento elaborado pela Confederação, Premissas de uma Reforma Tributária, contendo estudo sobre o impacto de uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) de 12% no setor de serviços e as propostas da CNC para uma reforma desenvolvimentista, justa e que não onere nenhum setor.

    Confira o manifesto na íntegra:

    A reforma tributária é fundamental para viabilizar um crescimento econômico mais sólido, a partir de um melhor ambiente de negócios e maior segurança jurídica, capaz de gerar mais emprego e renda para os brasileiros.

    Na qualidade de Confederações de setores produtivos que empregam 41,7 milhões de trabalhadores e representam quase 60% da economia nacional, compete-nos alertar que as propostas em discussão no Congresso Nacional (PEC 45/2019 e PEC 110/2019) necessitam de ajustes para evitar impactos perversos e riscos à sociedade brasileira.

    Não faz sentido reduzir a carga sobre bens nacionais e importados para aumentar sobre os alimentos e serviços, que geram tanta riqueza e empregos em todo o país. Diante disso, é preciso adotar diferentes alíquotas nos novos tributos que se aproximem das realidades atuais de carga incidentes sobre os respectivos setores, bem como considerar as particularidades dos seus diferentes sistemas de produção. Isso, sim, garantiria um crescimento econômico sustentável e distribuído.

    Se prevalecer a ideia de alíquota única para bens e serviços, haverá um pesado aumento de impostos sobre setores estratégicos no Brasil. A reforma acarretará elevação geral nos preços dos alimentos (mais 22% sobre a cesta básica), dos transportes, da habitação, da mensalidade escolar, da saúde (mais 38% sobre medicamentos e 22% sobre planos de saúde), do advogado, do turismo, da ginástica, do lazer, da segurança e de diversos outros serviços.

    Considerando que a população nacional está concentrada nas classes C, D e E, se a carga tributária de impostos sobre o consumo subir para 25% ou mais, os brasileiros teriam menos acesso aos serviços e alimentos. Haveria um forte aumento da informalidade. A reforma tributária destruiria parte importante do setor produtivo existente. O emprego sofreria fortes reflexos negativos. Setores de serviços são os mais intensivos em mão de obra e estão espalhados por cada cidade do Brasil, além de ter maior participação feminina e empregar mais a população de baixa renda.

    Os setores econômicos signatários deste manifesto têm plena convicção de que o Brasil não pode errar na reforma tributária e, por isso, defendem que as propostas não podem onerar e prejudicar os diferentes setores econômicos e a população brasileira. É possível e necessário buscar consensos para avanços verdadeiros.

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    O Trunfo é Paus

    As crises intermitentes que assolam as democracias, e que propiciam caminhadas de países à direita e à esquerda, cada qual tentando experimentar receitas liberais ou socializantes, a depender das circunstâncias, coloca o populismo no altar das venerações. E estabelecem um foro de debates a respeito do fenômeno da globalização e da ascensão da tecnocracia ao centro do poder político, abrindo a velha questão: é melhor colocar na máquina governamental técnicos no lugar de políticos ou procurar acender uma vela a deus e outra ao diabo? O fato é que grupos de diversos matizes passam a agir como exércitos, tomando as ruas, exigindo a saída de governantes açoitados pela crise financeira e defendendo a entrada na cena de novos figurantes. O status quo é jogado no colo de “elites” identificadas com os responsáveis pela adoção de modelos ultrapassados. Veja-se o caso de Lula. Deve o protagonista vestir o figurino de esquerda ou governar com representantes do centrão, usando os moldes do modelão tradicional? Fugir da sinuca de bico seria sair pela porta populista ou dar uma no cravo, outra na ferradura? Enquanto as perguntas não são respondidas, o governo parece um ente sem rumo. Nas vizinhanças, as administrações também buscam um modelo para administrar a crise econômica que ameaça corroer os cordões dos regimes. A alta inflação da Argentina (chegou a 98,8% em janeiro último) é a segunda maior entre as principais economias do mundo. No Chile, o presidente Boric, com um ano de governo, padece da pior crise de popularidade na história do país. Na Europa, espraia-se uma agitação que clama por mudanças drásticas, a par das aflições vividas pelas populações submetidas aos rigores da guerra entre Rússia e Ucrânia. Grupos radicais esquentam a polêmica. Nos EUA e em outras praças, está em jogo o próprio equilíbrio do sistema democrático, sob a ameaça de uma nova Guerra Fria, cujos protagonistas – EUA, Rússia e China – inauguram uma temporada de estocadas recíprocas. Noutras regiões, o ressentimento cai sobre a perda das identidades nacionais. Os governos seriam controlados pelo mandatário-mor do planeta, o capital internacional. Parcelas expressivas das populações europeias se queixam da erosão de suas fronteiras, enquanto um ex-membro da União Europeia, o Reino Unido, tenta arrefecer os impactos do Brexit.  As culturas regionais sinalizam o esgarçamento da teia de valores que formam o caráter de seus povos. As assimetrias, como agora se mostram, são escancaradas. O ordenamento do império financeiro – inspirado na proteção dos cofres e no fortalecimento dos PIBs nacionais – acaba tapando os olhos para o conforto social, ainda que as equações produzidas pelos formuladores de plantão tentem demonstrar relação de causa e efeito, ou seja, a estratégia de defender o Tesouro da Nação acaba sendo a chave para abrir as portas do bem-estar geral. A receita brasileira para enfrentar a crise, segundo se depreende da visão do presidente Lula, é expandir o acesso da população ao crédito e consumo. Meta que esbarra no compromisso de uma política regrada pelo teto de gastos e crescimento do PIB, agora bravamente defendida pelo ministro Fernando Haddad. Dito isto, analisemos outro ator no palco das democracias contemporâneas: o tecnocrata. Oportuno lembrar que não há mais no planeta brilhantes estrelas da política. O painel locupleta-se de figurantes sem o glamour de líderes que marcaram presença na História. Quem se lembra da sabedoria e do tino de figuras portentosas como De Gaulle, Churchill, Margaret Thatcher ou Willy Brandt? As nações dispõem hoje de quadros funcionais de limitado ciclo de vida política. Os conflitos do passado, cujo foco era a geopolítica e a expansão de domínios (que ainda se fazem presentes na feição de perfis como Vladimir Putin), cedem lugar às lutas contra o dragão que devasta as finanças e corrói os cofres. É natural, pois, que o perfil do momento saia dos salões da tecnocracia. O tecnocrata faz mal à democracia? A pergunta está no ar desde a queda do Muro de Berlim, no vácuo deixado pelo desvanecimento das ideologias e pela pasteurização partidária. De lá para cá, governos esvaziaram seus compartimentos doutrinários, preenchendo-os com quadros burocráticos e apetrechos técnicos para obter eficácia. Inaugurava-se o ciclo que Maurice Duverger cognomina de “tecnodemocracia”, que sucede à democracia liberal. Seus eixos se apoiam em organizações complexas e racionais e, hoje mais que nunca, levam em conta a gangorra dos capitais financeiros mundiais. A política deixou de ser uma unidade autônoma, porquanto passou a depender de mais duas hierarquias: a alta administração do Estado e os negócios. Esse é o feitio das modernas democracias. É essa modelagem que explica a mobilização das massas em quadrantes diferentes do planeta. Busca-se um salvador da pátria, seja ele socialista, populista, liberal, conservador de direita, tecnocrata ou intelectual. E se ele não aparecer?   Então ganha vez e voz um dos lemas dos ditadores: quando nada mais se apresenta, o trunfo é paus.
    Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político
    GAUDÊNCIO TORQUATO