Turismo em Pauta

Economia regenerativa: um passo além da sustentabilidade

Por Luis Felipe Adaime*

O tema sustentabilidade ganha manchetes na mídia tradicional e a cada dia mais espaço nas redes sociais. Hoje todos sabem (ou deveriam saber) da importância da recuperação e da conservação dos recursos naturais, mas ainda existem muitas dúvidas e debates abstratos sobre como fazer isso. No ponto em que estamos, não bastam ações pontuais, temporárias ou superficiais, ainda que bem-intencionadas, tampouco discursos vazios. A hora é de ir a fundo na questão, e o conceito de economia regenerativa tem muito a oferecer nesse sentido.

A ideia da economia regenerativa é simples: criar condições reais para que os ecossistemas dos quais a humanidade depende se recuperem depois de terem sido alvo de algum tipo de exploração. Seria o oposto da exploração predatória, que exaure os recursos de uma maneira permanente. Tendo a admirável resiliência da natureza como espelho, a economia regenerativa tenta encontrar maneiras de criar um círculo virtuoso de exploração-conservação-recuperação que consiga manter a roda econômica girando.

Difícil discordar desse conceito, racionalmente impecável. A questão é encontrar ferramentas eficientes para colocar em prática a economia regenerativa. Em primeiro lugar, não é possível tapar o sol com a peneira e fingir que as comunidades que vivem em áreas-chave para a exploração dos recursos naturais não existem. Pois, foi a relação positiva dessas comunidades com estes recursos que garantiu a conservação deles.

As comunidades precisam ser acolhidas, integradas ao processo, de modo a participarem tanto da exploração econômica da biodiversidade quanto do empenho para a conservação e a perenidade dos recursos.

Tome-se o caso da Amazônia, exemplo simbólico nesse contexto. Os investimentos realizados nesta região historicamente foram feitos sem considerar a realidade dos povos que nela habitam com a lógica equivocada do progresso a qualquer custo. O exemplo mais emblemático disso foi o Programa de Integração Nacional que o Brasil bancou na década de 1970. O programa focou em distribuir terras em detrimento a regulação das mesmas, o que gerou graves conflitos agrários e danos ambientais que ainda perduram.

Cabe a quem milita nessa agenda — governos, empresas, ativistas, ONGs e climatechs — estudar o problema a fundo e aproveitar o que a tecnologia já oferece para encontrar soluções dentro do conceito de economia regenerativa. Uma delas passa pelo desenvolvimento do mercado de créditos de carbono. Trata-se de uma saída eficiente que permite às empresas compensar suas emissões, garantir a conservação dos recursos naturais e gerar impacto real e positivo na vida das comunidades que tiram seu sustento da floresta e são os maiores parceiros dos projetos.   

O mercado de carbono é um instrumento de implementação da economia regenerativa. Ainda no exemplo amazônico, quando uma empresa adquire créditos originados na floresta para compensar as emissões de gases de efeito estufa de sua operação — ou de parte de sua cadeia produtiva, incluindo fornecedores —, na prática ela deve estar destinando recursos essenciais para ajudar as populações locais a manter a floresta em pé. Assim fica evidente a beleza da dinâmica da economia regenerativa: ao mesmo tempo em que garante renda para as pessoas, quebra uma cultura perversa de exploração predatória e de exaustão da biodiversidade — cultura essa que, no caso da Amazônia brasileira, foi incentivada pela ideia de progresso e pela consequente onda migratória desordenada vista há cerca de 50 anos na região.

Adotar a sustentabilidade, disseminar e democratizar suas práticas não é mais uma opção, é o básico que toda empresa deve fazer. Dito isso, é dar mais um passo rumo a uma economia que além de conservar promova a regeneração de nossos ecossistemas e emita menos carbono.

* Luis Felipe Adaime é CEO e fundador da MOSS.Earth

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Famosos curtem temporada de inverno em Portugal: para quem quer viajar ou morar no país, entenda como lidar com o frio

Artistas viajaram para o país e encararam baixas temperaturas. Conheça dicas de como se proteger do inverno lusitano de acordo com cada região

Famosos como a atriz Mariana Rios, as cantoras Maiara e Maraísa e o ator Miguel Falabella estiveram em Portugal nesta temporada de inverno e precisaram se proteger do frio.

Mariana Rios está curtindo as férias no país e tem investido nos looks para aguentar as baixas temperaturas. Em alguns dos registros, ela usa um casaco de pelo preto e uma touca. Em outras imagens, a artista aparece muito elegante e com roupas aquecidas.

Maiara e Maraisa estiveram também em Portugal recentemente para gravarem o primeiro DVD internacional da carreira. O local de gravação foi no Campo Pequeno, em Lisboa. Para se esquentar um pouco, Maraisa optou por utilizar um sobretudo branco de pelo. A dupla sertaneja feminina também passou pela Torre de Belém, um ponto turístico famoso da cidade.

Miguel Falabella visitou o país também e postou um registro nas Portas do Sol, em Lisboa, com uma jaqueta de couro e um cachecol.

Em Portugal, no mês de janeiro, uma grande ocorrência de neve tomou conta de várias regiões no norte do país, com maior intensidade em locais de alta altitude, como Serra da Estrela.

O temporal branco, chamado de nevão pelos portugueses, provocou transtornos. Em Viseu, várias escolas e estradas precisaram ser fechadas. A circulação rodoviária foi prejudicada, atividades letivas e transportes escolares foram suspensos no distrito de Vila Real, em municípios como Boticas, Monte Alegre e Vila Pouca de Aguiar.

Em Portugal, o frio é bem relativo de acordo com cada região. “É necessário entender a diversidade e variação climática em um país tão pequeno. Aqui temos mar com ventos incansáveis, serra com densa vegetação, regiões extensas e secas. São variações que convivem uma ao lado da outra, separadas por poucos quilômetros de distância”, afirma Maurício Gonçalves, advogado especialista em imigração, que reside e atua em Portugal há mais de duas décadas.

Variação climática das temperaturas em Portugal

Portugal não é um dos países mais frios da Europa, mas é um dos que mais se sente frio. Nas regiões centro-sul é difícil encontrar temperaturas próximas de zero, isso só acontece no extremo norte do país. A neve é ocasião especial até para os portugueses que usualmente só encontram normalmente na Guarda, em Vila Real, Viseu e Bragança. Mas entre dezembro e março, a sensação de frio pode incomodar bastante.

Apesar de não possuir temperaturas extremas, a umidade do inverno português causa um efeito incômodo. Maurício Gonçalves, explica que mesmo em países com frios extremos é possível se sentir confortável se estiver agasalhado propriamente, mas que pouco pode ser feito em relação à umidade, pois cada região possui climas muito específicos e até microclimas que variam bastante.

Ao andar poucos quilômetros, o clima já pode ter mudado por completo. “Um exemplo simples é o clima de Cascais e Lisboa, cidades que distam apenas 30 km. Além da variação média de 2°C, o vento em Cascais muda por completo a sensação térmica, pois as cidades se localizam no extremo ocidental do continente europeu, quase a mar aberto. Quando saímos de Cascais e chegamos a Sintra, existe nova variação, mesmo tendo viajado apenas 20 km”, exemplifica.

O advogado informa que o sul de Portugal já possui temperaturas mais agradáveis, até mesmo a água do mar atinge temperaturas mais convidativas, mas apenas no verão.

Como se proteger do frio?

A dica principal dada por Maurício, que mora em Portugal há mais de 22 anos, é da importância de se vestir em camadas, com roupas leves e de qualidade. “Dessa forma, é possível tirar as roupas quentes com facilidade caso entre em um lugar que não esteja tão frio, para evitar ficar desconfortável.”

Segundo ele, inicialmente deve usar roupas de algodão em contato com a pele. As roupas devem ser justas, coladas ao corpo, para evitar a passagem de correntes de ar. Por cima da roupa de algodão, é recomendável usar roupas térmicas.

“Roupas térmicas são sintéticas, motivo pelo qual convém evitar o contato direto com a pele. Elas servem para manter a temperatura estável e trazer conforto. São leves e confortáveis, não restringem os movimentos e não fazem volume desnecessário”, aconselha Maurício, do Canal Cidadania Portuguesa. Depois da roupa térmica, pode usar um casaco leve, preferencialmente resistente ou à prova d’água.

“Algumas pessoas resistem em investir em um bom casaco, dando preferência a roupas baratas. Acho importante ressaltar que o investimento a um casaco moderno que poderá ser usado durante muitos anos pode ser uma ótima aquisição” recomenda.

Além da roupa quente, é essencial pensar no sapato. “Solados de borracha com qualidade ajudam a isolar os pés do frio e a manter o atrito necessário com o solo para evitar acidentes”, diz Maurício.

Para as mãos, algumas pessoas gostam de usar luvas no inverno. “Eu concordo que isso pode ser necessário em alguns países da Europa. Em Portugal, talvez no Norte e no interior do país, mas em Lisboa, por exemplo, são poucos os dias frios que requeiram esse acessório. Mas um cachecol ou outra proteção para o pescoço, eu considero essencial.”

O chapéu, boina ou outro tipo de proteção, também pode ser bem-vindo. O profissional em nacionalidade portuguesa explica que as pessoas perdem calor pela cabeça, pelas mãos e pelos pés, logo, se essas extremidades estiverem bem protegidas, não há tanto sofrimento com as temperaturas baixas.

Sobre Maurício Gonçalves:

Maurício Gonçalves é advogado especialista em imigração e nacionalidade portuguesa. Reside e atua em Portugal há 22 anos. Tem vasta experiência em processos de nacionalidade portuguesa, homologações de divórcio, questões sucessórias, validação de diplomas e vistos diversos. Possui uma equipe preparada para lidar com qualquer demanda jurídica e notarial em Portugal. 

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Cantora Maraisa em Portugal  Reprodução Instagram @maraisa  baixar em alta resolução

Miguel Falabella nas Portas do Sol, em Lisboa  Reprodução Instagram @miguelfalabellareal  baixar em alta resolução

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