Jamaica lidera a revolução diante da mudança climática caribenha
KINGSTON – 3 de julho de 2019 – As mudanças climáticas não são mais um evento do futuro para o turismo – estão alterando as decisões dos viajantes de hoje em dia. O mundo observa os impactos imediatos da mudança climática mais recentemente em 2017, quando os furacões Irma e Maria causaram severa destruição a várias ilhas. O turismo é o carro-chefe da economia em todo o Caribe, sendo que a maioria das atividades turísticas está concentrada na experiência de viver a beleza natural do destino. A devastação fez com que a Jamaica tomasse ações imediatas de resiliência na região, a começar pelo Centro Global de Resiliência Turística e Gestão de Crise e um setor agricultor feito para ser resiliente ao clima.
“O crescimento da economia no turismo e as melhorias na qualidade de vida nos destinos do Caribe vão depender de nosso robusto compromisso em tomar ações nos problemas globais, como a mudança climática e o aquecimento global”, informou Donovan White, Diretor de Turismo da Jamaica. “Os nossos esforços estão focados em como a Jamaica está liderando a revolução na mudança climática do Caribe e vai garantir aos viajantes que a Jamaica continuará a ser a escolha número um deles ao redor do mundo”.
Mesmo antes dos furacões de 2017, a Jamaica já vinha trabalhando na criação de um futuro sustentável modernizando a rede para a melhora da independência energética e no melhor para os impactos das tempestades destrutivas. Em 2004, a ilha abriu a Wigton Wind Farms, o maior parque eólico de um destino caribenho de língua inglesa. O empreendimento ajuda a levar energia para mais de 55.000 residências locais com um sistema de armazenamento híbrido que usa um volante de turbina e uma bateria.
A Jamaica agora ajuda a construir parques eólicos offshore para gerar mais de 50% de toda a energia local, como parte de suas metas nacionais de usar recursos renováveis, beneficiando a indústria do turismo e também o setor de acomodações.
A Jamaica também dá grande importância em reconstruir o setor de agricultura de forma sustentável. As plantações saudáveis requerem solo, que pode ser afetado drasticamente pelas secas, tempestades e alagamentos. Há um grande potencial em restaurar os terrenos degradados por meio das práticas do plantio orgânico, do pastoreio gerenciado e por meio do agroflorestamento, por exemplo. Usando as técnicas de agricultura regenerativa, reflorestamento e com o treinamento dessas práticas, isso será possível.
Para que possa promover de maneira efetiva uma economia climaticamente inteligente, o Centro Global de Resiliência Turística e Gestão de Crise, desenvolvido na Universidade das Índias Ocidentais, foi a primeira instituição do gênero criada no Caribe. Anunciado durante a Conferência Global de Turismo Sustentável da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas realizada na Jamaica em Novembro de 2017, o centro foi lançado em janeiro de 2019. A instituição tem como missão conduzir pesquisas e análises relevantes para políticas de preparo e gestão de crise.
Em adição, o Acelerador Climático Inteligente do Caribe, lançado na Jamaica em agosto de 2018, tem como objetivo fazer do Caribe a primeira zona climática inteligente do mundo por meio da implementação de soluções de resiliência, energia renovável, pelo desenvolvimento de cidades, oceanos e transporte sustentáveis. Uma vez que a zona climática inteligente for estabelecida, o Caribe não vai apenas ser feito sob medida para o futuro, mas também será palco da criação de um crescimento econômico, da inclusão social e da geração de empregos.