WTM 19 e tendências confirmam o foco no digital.
Presença e relevância digital, superaplicativos, fechamento de viagens pelas redes sociais. A World Travel Market de 2019 (WTM), encerrada hoje (6), em Londres, reuniu nove mil compradores – buyers – internacionais e cinco mil expositores de 180 países e confirmou a crescente importância do posicionamento digital. São Paulo participou, integrando o espaço do Brasil.
“Todos os destinos estão falando de digital para uma promoção cada vez mais segmentada. O mercado britânico, e podemos estender para o europeu, precisa de manutenção e o digital, na maioria das vezes, é o melhor custo benefício para isso e onde os turistas buscam informações e compram. Pelo meio também conseguimos trabalhar um target mais qualificado e que pode efetivamente viajar a São Paulo”, diz Tiago Tomazella, responsável pela estratégia digital para o Turismo do Estado de São Paulo, que está em Londres.
Segundo Vinicius Lummertz, secretário de Turismo, “pensar em ações ao longo do ano com o trade, gerar demanda com o público final e qualificar a oferta” fazem parte de estratégia de São Paulo.
Números – Euromonitor apresentou na WTM London 2019 o relatório “Megatrends Shaping the Future of Travel: 2019 Edition”, que analisa as últimas tendências de viagens pelas regiões do mundo.
No continente americano, a América do Norte, Estados Unidos à frente, lidera o envolvimento digital. A previsão é que, até 2024, 62% das vendas de viagens sejam feitas totalmente online nos países norte-americanos, o dobro dos atuais 31%. “Esta tendência reforça a nossa decisão, definida no planejamento estratégico para o Turismo de São Paulo, de investir na presença digital, alinhada à criação de marketplaces. Nós vamos inspirar e as empresas de São Paulo vão vender”, afirma Lummertz.
Ainda sobre as tendências do consumo digital, segundo o Euromonitor, os consumidores da Ásia-Pacífico estão usando superapps móveis multifuncionais, combinando serviços sociais, financeiros e de varejo em uma única plataforma. Com aplicativos como o WeChat, com um bilhão de usuários ativos mensais, os superaplicativos contribuíram significativamente para as vendas de intermediários online, com um montante de US$ 227 bilhões em 2019.
A mídia social continuará a ter uma grande influência sobre os consumidores ao planejar suas viagens, buscando inspiração principalmente em redes sociais como Instagram e YouTube. A mudança começará pela comercialização de produtos nestes canais, onde clientes poderão reservar hotéis e passeios diretamente pelo Instagram, a partir do conteúdo gerado por influenciadores digitais.
Da esquerda para a direita: Tiago Tomazella, responsável pela estratégia digital para o Turismo do Estado de São Paulo , Giuliani Ponzio, gerente regional da Azul para o mercado europeu e Cintia Hayashi, do São Paulo Convention & Visitors Bureau.