efeitos retardados da política monetária devem afetar a sustentabilidade do ritmo da atividade econômica brasileira, segundo a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A expectativa é que a economia desacelere, especialmente a partir do terceiro trimestre de 2022, quando a disponibilização de recursos extraordinários para o consumo tende a ser menor. A CNC projeta avanço de 1,4% no PIB deste ano, destacando-se os setores de comércio (+2,3%) e serviços (+3,2%). Pelo lado da demanda, o consumo das famílias tende a avançar 2,5%.O avanço do comércio terá a ajuda do Dia dos Namorados, ainda que com uma arrecadação mais tímida do que em 2021. De acordo com estimativa da CNC, o volume de vendas do comércio brasileiro no período deverá totalizar R$ 2,49 bilhões. Confirmada essa expectativa o resultado das vendas registrará um recuo de 2,6% em relação à mesma data no ano passado.Em abril, a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) apontou um avanço de 0,9% no volume de vendas no varejo, enquanto, na comparação anual, o indicador apresentou alta de 4,5%, superando o nível pré-pandemia, com avanço médio de 4,0% em relação a fevereiro de 2020. Diante desse cenário, a CNC aumentou para +1,7% sua previsão de variação do volume de vendas no varejo em 2022.As atividades turísticas, finalmente, estão próximas de igualar o faturamento pré-pandemia. Segundo a CNC, o volume de receitas do segmento, que apresentou queda de 3% em abril, deve restabelecer o nível registrado em fevereiro de 2020, no terceiro trimestre deste ano, encerrando 2022 com alta de 2,8% em relação a 2021. No geral, o setor de serviços cresceu 0,2% em abril ante março, registrando aumento de 9,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Atualmente, o setor de serviços apresenta um nível de atividade 7% acima daquele verificado às vésperas da crise sanitária, seguido pelo de comércio varejista (+4%), enquanto a indústria está 1% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020. Com esses resultados, a entidade manteve a previsão para 2022 de aumento de 1,6% no volume de receitas dos serviços. |