Coesão no discurso
O cenário macroeconômico nacional requer que o Brasil promova justiça social, amplie postos de trabalho, gere o ingresso de divisas e atraia investimentos. Em outras palavras, o nosso país precisa fortalecer e valorizar agências de viagens democraticamente organizadas, presentes em todos os 26 estados do País e no Distrito Federal, capazes de mobilizarem em âmbito global diferentes elos produtivos que compõem a força do setor de viagens e turismo – o qual ocupa posição de liderança no ranking mundial entre os setores que mais geram e distribuem riquezas, lembrando ainda que, com reduzido valor de investimento, o turismo cria milhares de empregos.
Em pleno cenário de crise, de 24 a 26 de setembro de 2015, a presença das mais de três mil marcas em exposição na 43ª ABAV – Expo Internacional de Turismo, realizada no Pavilhão do Anhembi, na cidade de São Paulo, com a participação recorde de mais de 32 mil profissionais do chamado trade turístico (30% superior à média diária registrada no ano anterior), não deixa margem à dúvidas.
O evento foi o palco ideal para constatarmos que, de Norte a Sul do país, a alta do dólar contribui com o aumento da procura por viagens domésticas e, por isso, a ampliação da oferta de pacotes turísticos lançados, com preços e condições comerciais facilitadas (parcelamentos que podem ser feitos em até doze meses, por exemplo), tende a valorizar ainda mais a consultoria das agências de viagens. Não faltam opções atrativas.
Entretanto, isso não significa que todos os players do nosso setor serão beneficiados, mas a segurança proporcionada para os consumidores; de que é possível fazer a melhor compra, mediante o acesso a informações claras e objetivas fornecidas por quem é do ramo, só faz renovar o valor das agências de viagens devidamente qualificadas para apresentarem opções disponíveis e adequadas ao orçamento de cada cliente atendido sob medida. Há quem já projete fechar o ano com crescimento de dois dígitos.
Como existem várias promoções incríveis para quem deseja ou precisa comprar uma ou mais passagens aéreas internacionais, não é raro observarmos atualmente os clientes nas agências de viagens surpresos por constatarem que, em reais, comparado a igual período do ano passado, também está mais barato embarcar em um voo para o exterior.
Contudo, como viajar envolve gastos com hospedagem, alimentação e passeios, as compras deixam de ser a principal motivação para os brasileiros que decidem visitar outros países e adotam outras medidas, tais como: reduzir o tempo de permanência, optar por hotéis de padrão mais econômico ou pela compra de pacotes completos, com câmbio congelado, parcelamento em até 12 vezes entre outras tantas promoções, a exemplo de cortesias oferecidas para as crianças viajarem acompanhadas por adultos.
Saibamos aproveitar as oportunidades com criatividade, agilidade, produtividade e manter a coesão no discurso voltado à valorização do melhor canal de vendas, a serviço do desenvolvimento sustentável.
Edmar Bull
Presidente do Conselho de Administração da Abracorp