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20º Festival Arte Serrinha abre dia 09 de julho em Bragança Paulista com mostra sobre expedição multicultural pelo Brasil, novas instalações em museu ao ar livre, shows, cinema e oficinas.

Laura Vinci, Luiz Braga, Hugo França, Beto Brant e Benjamin Taubkin são alguns dos artistas da exposição “Brasis – Expedição Serrinha”, que exibe obras inéditas no Parque Natural Arte Serrinha e em centro cultural da cidade 

Shows de Arnaldo Antunes, Bala Desejo e Otto, recital de Bené Fonteles com Lucinda, desfile de Ronaldo Fraga e performance de Giselle Beiguelman estão entre os destaques da programação

Instalação de Laura Vinci e gigantografias de Luiz Braga estreiam no museu ao ar livre da Serrinha 

Fotos da mostra aqui

Com o tema “Brasis”, o Festival Arte Serrinha chega a sua 20ª edição entre os dias 09 e 30 de julho de 2022, celebrando a pluralidade da cultura brasileira. Depois de dois anos, evento volta ao ser presencial, apresentando uma programação de artes visuais, música, cinema e oficinas na Fazenda Serrinha, no novo Parque Natural Arte Serrinha e outros espaços de Bragança Paulista, cidade da Serra da Mantiqueira localizada a 90 km de São Paulo. 

Um dos destaques da edição, a mostra “Brasis – Expedição Serrinha” reúne obras inéditas de um grupo multidisciplinar formado pelo maestro e pianista Benjamim Taubkin, o cineasta Beto Brant, o escritor Diógenes Moura, o designer e escultor Hugo França, a artista visual Laura Vinci, a coreógrafa Lú Brites, o fotógrafo Luiz Braga, a cozinheira Neka Menna Barreto, o estilista Ronaldo Fraga, além de Fabio Delduque, artista visual, diretor artístico do Festival e curador da exposição. 

Durante quatro anos, esse grupo percorreu quatro estados brasileiros, explorando regiões que traduzem os grandes ciclos econômicos do país e sua diversidade cultural: a Zona da Mata Sul (PE), com seus engenhos de cana-de-açúcar, a Ilha do Marajó (PA), com a história da borracha e dos vaqueiros marajoaras, a Serra da Moeda (MG), marcada pela mineração e exploração do ouro, e finalmente a Serrinha(SP), reconhecida região cafeeira.

“A viagem remontou, com espírito e tecnologia contemporâneos, a uma antiga tradição de estudo e registro do nosso país: as expedições de reconhecimento. Diferentemente das viagens de Mário de Andrade e Claude Lévi-Strauss no século 20, o intuito da Expedição Serrinha não foi catalogar ou estudar diferentes culturas, e sim promover o surgimento da criação artística a partir do encontro e do afeto”, afirma Delduque.  

Fotografias, pinturas, esculturas, filmes, instalações, roupas, croquis, músicas, textos e registros de performances produzidas pelos artistas durante as viagens serão exibidas pela primeira vez na mostra, que se divide entre o Parque Natural Arte Serrinha e o Centro Cultural Teatro Carlos Gomes, no centro de Bragança Paulista. 

OBRAS DA EXPOSIÇÃO

Esculturas de Hugo França e instalação-banquete de Neka Menna Barreto

No “museu ao ar livre” da Serrinha, está a nova instalação “ao vento”, de Laura Vinci. Ela é constituída por 26 grandes bandeiras brancas estendidas a 8m de altura que, juntas, formam um desenho de mais de 500m de extensão. As bandeiras reaparecem na série de gigantografias “Lú ao Vento”, de Luiz Braga. As imagens de 2,5m x 1,5m são o registro de uma performance coreografada por Lú Brites no Marajó. Ainda instaladas nas trilhas do parque, estão gigantografias com textos de Diógenes Moura. 

No centro cultural, o público é recebido com duas instalações. “Terra que te quero viva”, de Neka Menna Barreto, é um banquete em que são servidas porções de carvão, sal, terra, ossos, raízes, farinhas e grãos sobre uma mesa de madeira de 12m. Já “Terra em transe”, criada por Laura Vinci, Benjamim Taubkin e Fabio Delduque, traz um piano meia cauda destruído com motosserra e terra

No espaço também estão novas esculturas de Hugo França, produzidas com madeira de pequi ou jacarandá, duas coleções de roupas assinadas por Ronaldo Fraga, fotopinturas de Fabio Delduque, diferentes séries de fotografias de Luiz Braga e o documentário “Modo Ave Expedição Serrinha”, dirigido por Beto Brant. O média-metragem é um registro de toda a jornada e além de ser exibido em monitor na exposição, ele terá duas sessões no ateliê da Fazenda Serrinha. No dia 22, sexta-feira, às 21h, com acompanhamento musical ao vivo, e no dia 27, quarta-feira, às 21h.

Para ver a lista de obras, clique AQUI. Fora da exposição, uma instalação de Mauricio Adinolfi também chega ao Parque Natural Arte Serrinha. A obra “CARONTE 7 Voltas” é constituída pela proa de um barco de madeira antigo suspensa por uma talha e fixada em uma estrutura de madeira. 

MÚSICA, CINEMA E OUTRAS ATRAÇÕES 

Arnaldo Antunes e Vitor Araújo fazem show no auditório do Parque e Bala Desejo no Galpão Busca Vida

O festival criado há 20 anos por Fabio Delduque, o jornalista Marcelo Delduque e Carlão de Oliveira, proprietário da cachaça Busca Vida, também dá destaque para música. Durante todos os sábados do evento, o Galpão Busca Vida terá uma programação de shows. No dia 09 de julho, se apresentam a rapper Cynthia Luz e o DJ Jotaeli. No dia 16, é a vez da cantora e percussionista Raquel Coutinho e o DJ Nuts. No sábado seguinte, estarão no palco o grupo Bala Desejo (Zé Ibarra, Julia Mestre, Dora Morelenbaum e Lucas Nunes) e o DJ Dolores. Encerrando o evento, no dia 30, o cantor Otto e DJ Davida. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, com preços a partir de R$ 33. 

A seleção musical também traz o recital “Canções para pescar almas”, uma parceria do artista visual e poeta Bené Fontelescom a compositora e cantora Lucinda, seguido de um set de discotecagem nacional do DJ Nuts. As duas atrações são gratuitas e acontecem na Fazenda Serrinha no dia 16 de julho, a partir das 16h. No dia 17, domingo, o auditório do Parque Natural Arte Serrinha recebe Arnaldo Antunes e Vitor Araújo, às 16h, com ingressos no Sympla. 

Além da estreia do documentário de Beto Brant, a programação de cinema da 20ª edição terá a exibição gratuita de duas produções brasileiras: “Lavra” (2021), de Lucas Bambozzi (dia 14, 22h30, no ateliê da Fazenda Serrinha), e o documentário musical “Yorimatã” (2014), de Rafael Saar, (dia 15, às 20h, na Oca Xinguana, construída por Bené Fonteles e indígenas do Alto Xingu). 

O festival traz muitas outras atrações culturais gratuitas, como o debate “Modernismo e Antropofagia”, com Denise Mattar, Pascoal da Conceição e Zé Pi (dia 28, às 20h, no ateliê da Fazenda Serrinha). O estilista Ronaldo Fraga realiza um desfile no Teatro Carlos Gomes (dia 23, às 16h), com alunos que participaram de sua oficina “Turista Aprendiz, apresentando uma coleção de moda”. Já a artista Giselle Beiguelman apresenta a aula-performance Botannica Tirannica (dia 29, às 20h, no ateliê da Fazenda Serrinha), em um evento realizado em parceria com o Museu Judaico de São Paulo, que exibe atualmente exposição de Beiguelman.

Para mais informações sobre a programação acesse o LINK. Uma rica agenda de oficinas e residências multiculturais segue com inscrições abertas (leia AQUI).  A exposição é realizada com apoio direto do Proac Editais e o Festival Arte Serrinha é realizado com apoio do Proac Editais e Proac ICMS, com patrocínio da Energisa (através da Fundação Ormeo Junqueira Botelho), Embalagens Santa Inês e apoio do Museu Judaico de São Paulo, Hahnemühle, Monstercam e da Prefeitura de Bragança Paulista. O Festival é uma realização Arte Serrinha e Busca Vida.

A SERRINHA

Obras de Bijari e Eduardo Srur no Parque Natural Arte Serrinha

A Serrinha é um bairro rural de Bragança Paulista, uma região de mananciais no início da Serra da Mantiqueira e às margens da represa do Rio Jaguari, de onde vem parte da água que se bebe na cidade São Paulo. 

Nele se encontra a Fazenda Serrinha, uma reserva ecológica particular, que funciona como centro de vivências e experimentações culturais e ambientais. Inaugurado no final de 2021, o Parque Natural Arte Serrinha possui obras de arte incorporadas à sua paisagem, trilhas para caminhada, mirante panorâmico e o Espaço Energia, um centro cultural e educativo construído com containers. Vizinho à Fazenda Serrinha, o Galpão Busca Vida foi construído em 1998 em uma antiga leiteria e hoje funciona como pizzaria, casa de shows e cachaçaria, onde foi criada a cachaça Busca Vida. 

O Parque Natural Arte Serrinha fica aberto aos sábados e domingos das 10h às 17h, com ingressos vendidos pelo Sympla (R$ 30 a inteira). Durante o festival, a Fazenda Serrinha fica aberta todos os dias para visitação gratuita, das 10h às 17h. No restaurante da Fazenda Serrinha almoço é servido todos os dias para visitantes. O Bar do Ateliê funciona a partir das 14h. A propriedade dispõe de hospedagem em as dependências em quartos coletivos ou individuais. 

20º FESTIVAL ARTE SERRINHA 

De 09 a 30 de julho de 2022 

Fazenda Serrinha e Parque Natural Arte Serrinha – Bragança Paulista (SP)

Informações: (11) 999031818 e contato.arte.serrinha@gmail.com

Ingressos para shows e Parque Natural Arte Serrinha: www.sympla.com.br

Site: www.arteserrinha.com.br

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