Estado de Santa Catarina volta a ter Secretaria de Turismo
22 de fevereiro de 2023/
SC VOLTA A TER SECRETARIA DE TURISMO
Desde o desgoverno Raimundo Colombo e Carlos Moises, que nunca mais irão se eleger para alguma coisa, Santa Catarina deixou a liderança no turismo, que representava 13% do PIB Catarinense. Bons tempos antes disso, quando foi criado todo o plano de marketing, todas as regiões turísticas muito bem definidas e todas as estratégias criadas. Com esses dois últimos desgovernos nada disso teve seguimento. Felizmente, o atual governo Jorginho Melo, ao que tudo indica, entende que turismo é fundamental para o nosso estado e, dessa forma, voltaremos a ter uma nova Secretaria de Turismo, que estará nas mãos de Evandro Neiva, que comandará a pasta a partir do dia 2 de março. Até lá, segue como titular da secretaria de Turismo e Eventos de Itajaí, cargo que ocupa desde 2017.
Dentre outras coisas, ele detalha o que mudará com o novo modelo de gestão, representado pela criação da Secretaria; os desafios e projetos para o desenvolvimento do turismo catarinense. Neiva aborda a missão de levar ao Executivo o conhecimento acumulado durante seis anos frente à secretaria de Turismo e Eventos de Itajaí. Na sua gestão, recolocou Itajaí no mapa dos cruzeiros e destinos turísticos brasileiros. Para o novo Secretário, turismo é promoção, negócio, gestão e desenvolvimento: “Existe grande avanço no setor do turismo empresarial, mas há discordância sobre como fazer isso no turismo governamental. A ideia é fazer com que o Turismo tenha atenção e gestão separada.”
Em muitos municípios e Estados, o Turismo é colocado na gestão junto à Cultura e o Esporte. “Sou da opinião que eles se complementam, mas a gestão é diferente. A Cultura e Esporte consiste em educação e fomento. Já o Turismo é negócio, é promoção. Ele [o turismo] vende Cultura e Esporte.” Em relação a Santur, o novo Secretário está começando a ter um diagnóstico, se reunindo com a equipe da pasta de uma maneira responsável para que possam fazer um planejamento rápido, de curto médio e longo prazo das ações para do Turismo de Santa Catarina. Para isso, basta aplicar tudo aquilo que foi feito, planejado, estudado, compreendido. Deve endender, acima de tudo, que turismo está acima de qualquer partido. A Santur tem equipe técnica muito profissional, o que de fato acontece é que a entidade sempre foi um cabide de empregos e por isso mesmo, falta de gestão. E de fundamental importância que tudo o que foi feito tenha, no mínimo, continuidade.
Que essa secretaria volte de fato a fazer a diferença a exemplo dos bons tempos de Waldir Walendowsky, Mané Ferrari e, por último Henrique Matos Maciel. Tudo está devidamente pronto, planejado e estruturado e lamentavelmente engavetado. Santa Catarina não é tão somente sol e mar. As ações, planos, projetos foram criadas em sintonia com cada região turística de Santa Catarina, que tem um calendário fabuloso, estações muito bem definidas. O nosso Estado deve ser vendido como um todo. Mesclar, sol, mar, frio serra, cânions, Vale do Contestado, Vale dos Imigrantes, Região Serrana, Alto Vale, Águas Termais, enfim, Norte, Sul, Leste e Oeste, ampliando ainda mais o nosso calendário de eventos. Precisamos de portos, aeroportos, estradas seguras e transitáveis. De promessas e bla bla blas o trade de turismo já está cansado de ouvir. Santa Catarina precisa de fato de ações. Se tivermos portos (e não puxadinhos), os navios chegam. Se tivermos aeroportos e voos, os turistas também chegam e, com estradas seguras e sem a nossa infernal falta de mobilidade, os turistas também chegam.
Ainda sobre o assunto, e para que o novo secretário se recorde, em 2010, para se ter uma pequena ideia, foram mais de 5,8 mil horas e sete meses de trabalho, 27 técnicos envolvidos diretamente, 85 municípios visitados, 11 seminários com os gestores e trade local, 1,7 mil turistas entrevistados e, 500 atrativos visitados e avaliados, e 130 documentos técnicos analisados para consolidar o resultado do Plano Catarina, Plano de Marketing Turístico de Santa Catarina. O Plano Catarina teve como ponto de partida uma rigorosa análise da realidade atual do turismo catarinense e suas das principais tendências globais assim como as sugestões do empresariado e de gestores do turismo que pudessem servir de base para atuações imediatas e futuras no escopo dos produtos turísticos. Portanto, é só colocar em prática, simples assim.