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Descentralização do tratamento pode ajudar o Brasil na desigualdade de acesso a esgoto
Estudo aponta que 90 milhões de pessoas vivem no país sem acesso à coleta de esgoto
A descentralização do tratamento de esgoto pode ser uma solução eficaz para enfrentar a crise de saneamento básico no Brasil. Atualmente, cerca de 90 milhões de brasileiros vivem sem acesso à coleta de esgoto, destacando a urgência de novas abordagens para lidar com o problema do despejo indevido de esgoto.
Os dados são do Ranking do Saneamento de 2024, publicados pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados e apresentam um retrato da situação do saneamento nos 100 municípios mais populosos do Brasil. Esses dados demonstram que sistemas alternativos descentralizados podem ser eficazmente implantados em áreas não atendidas pelos sistemas tradicionais, ajudando a acabar com o despejo de esgoto indevido no país.
“A descentralização oferece várias vantagens, como a redução de custos operacionais, maior flexibilidade na implementação de soluções personalizadas e a possibilidade de atender rapidamente áreas sem infraestrutura adequada. Além disso, esses sistemas podem ser mais sustentáveis e menos dependentes de grandes investimentos em infraestrutura centralizada”, comenta Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua.
A NeoAcqua, empresa focada na fabricação e implantação de sistemas para o tratamento e reuso de águas e esgotos domésticos próximos aos seus pontos de geração, é pioneira na implementação de sistemas descentralizados para o tratamento de esgotos. A empresa propõe que esses sistemas, especialmente em áreas não atendidas pelos sistemas tradicionais, podem ser a solução para a desigualdade no saneamento que abrange o país de forma desigual.
Um sistema descentralizado de tratamento de esgoto funciona através da implementação de unidades de tratamento menores, localizadas próximas aos pontos de geração do esgoto, como residências, condomínios, comunidades ou indústrias. Esse sistema trata o esgoto localmente, por meio de diversas tecnologias. Após o tratamento, a água pode ser reutilizada ou descartada de forma segura no meio ambiente. Esse modelo reduz a necessidade de grandes redes de coleta e infraestrutura centralizada, proporcionando uma solução mais rápida, econômica e sustentável, especialmente em áreas rurais ou de baixa densidade populacional.
Políticas públicas que incentivem a adoção de sistemas descentralizados e investimentos em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar tecnologias eficientes são cruciais. “O Brasil enfrenta um desafio monumental na área de saneamento básico e é essencial explorar todas as opções disponíveis. A descentralização do tratamento de esgoto pode desempenhar um papel crucial na universalização do acesso a saneamento adequado e na proteção do meio ambiente”, afirma Sibylle.
Além de reduzir custos operacionais, estações de tratamento descentralizadas permitem eficiência e manutenção mais simples que estações de tratamento centralizadas, tornando-se uma solução econômica e sustentável. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cada real investido em saneamento economiza nove reais em saúde, evidenciando os benefícios de um sistema de tratamento mais acessível e eficaz.
Sobre a NeoAcqua
A NeoAcqua, pioneira e especialista em economia verde a partir de sistemas de tratamento de água e esgoto, com expertise de mais de 23 anos de mercado, fornece às empresas as melhores soluções em gestão hídrica, desde o projeto inicial até a instalação e operação dos processos de tratamento. Atualmente, a empresa já conta com implementações de centenas de projetos, por todo Brasil, de tratamento de água e efluentes para municípios, construtoras, indústrias, galpões, empreendimentos comerciais e residenciais de médio a grande porte. Saiba mais: https://neoacqua.com.br/
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Com mais de 30% das águas interiores no Centro-Oeste, Brasília recebe o primeiro Boat Show da região, de 14 a 18 de agosto
Com mais de 30% das águas interiores no Centro-Oeste, Brasília recebe o primeiro Boat Show da região, de 14 a 18 de agosto
Dos mais de 42 mil km de vias interiores, 80% são propícias à navegação e a náutica tem voltado o olhar para “além do litoral”. Ao lado das obras de Oscar Niemeyer, o Lago Paranoá em Brasília, com seus 80 km de margem e um dos cartões postais brasileiros, foi escolhido pelo Grupo Náutica para sediar a primeira edição do Brasília Boat Show que acontece no mês que vem, de 14 a 18 de agosto, na Concha Acústica.
Julho, 2024 – Os principais nomes da náutica nacional e internacional estarão reunidos, na Concha Acústica no Lago Paranoá, em Brasília, DF, para apresentar as principais novidades e lançamentos em embarcações para esportes e lazer. A primeira edição do Brasília Boat Show, de 14 a 18 de agosto, é uma realização do Grupo Náutica, responsável pelos principais eventos náuticos da América Latina, em parceria com a F2 Entretenimento. Novidade confirmada para o evento são os test drives, de barcos, jets, veículos e UTVs, que são utilitários 4×4.
“Estamos preparando muitas atrações para o Boat Show de Brasília com inúmeras novidades. Este será um evento no formato boutique, com 10 estaleiros expondo embarcações na água e em terra. Queremos proporcionar uma experiência náutica para toda a família, com playground, tenda musical, vila gastronômica e test drives. Além disso, teremos atividades aquáticas com o objetivo de promover a diversidade náutica e atrair o público de todo o Centro-Oeste”, comenta a diretora do Grupo Náutica e Boat Show Eventos,
Além de lanchas, jets, pontoons para os diversos gostos e estilos, o evento trará variedade de produtos e equipamentos, além de uma estrutura com estandes flutuantes, exclusividade do Grupo Náutica no país por meio da Metalu. Outra atração confirmada é a campanha “Só jogue na água o que o peixe pode comer”, assinada pelo cartunista Ziraldo (in memoriam) com exposições e atrações interativas para toda a família.
“Brasília é um importante polo náutico brasileiro e é um demonstrativo do enorme potencial das águas interiores para o turismo e economia. O público da região já está integrado a essa cultura, a de aproveitar atividades esportivas e de lazer nas águas e são consumidores exigentes que buscam produtos cada vez mais confortáveis e tecnológicos. O Boat Show, o primeiro do Centro-Oeste brasileiro, chega para contribuir com a náutica nessa bela região do país com atrações para os mais variados estilos, desde pequenas embarcações e jets, passando por lanchas a modelos de maior porte’, destaca Thalita Vicentini.
Centro-Oeste, náutica em números (fonte: Acobar)
- – O Centro-Oeste é responsável por concentrar mais de 30% dos 42 mil quilômetros de águas interiores do Brasil.
- – Além do Lago Paranoá, com 48 km² de área e 80 km de extensão de margem, rios como Paraná, Paraguai, Tocantins e Araguaia são propícios para a navegação, para a prática de esportes e lazer.
- – Rios e lagos do Centro-Oeste têm grande potencial para a navegação que, somados, possuem mais de 12,8 mil quilômetros de extensão.
- – Entre os 10 estados com mais embarcações de esporte e recreio registradas no país, o Distrito Federal está na 5ª colocação, seguido de Mato-Grosso (7º) e Mato Grosso do Sul (9º), segundo dados da Acobar. No total, os 3 estados somam mais de 87,8 mil barcos de lazer e representam 15% do total, que é de 594.739. Há grande potencial de crescimento.
- – Rios, lagos e lagoas da região Centro-Oeste concentram especialmente embarcações de até 60 pés.
Serviço
O que: Brasília Boat Show
Quando: De 14 a 18 de agosto
Onde: Concha Acústica no Lago Paranoá, Brasília/DF
Quanto: R$ 40,00 + Taxas
Ingressos: https://www.ticket360.com.br/evento/29412/ingressos-para-brasilia-boat-show-de-14-a-18-de-agostoOrganização: Boat Show Eventos
Instagram: @boatshoweventos
Cobertura oficial: www.nautica.com.br, @revistanautica e youtube.com/@canalnauticaSobre o Boat Show Eventos
É organizador das edições dos “Boat Shows” brasileiros realizados nas cidades de: Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Itajaí/SC, Brasília/DF, Salvador/BA e Foz do Iguaçu/PR. Em 2023, os eventos Boat Show atraíram um público de quase 100 mil pessoas e são responsáveis por 70% de todas as negociações envolvendo embarcações e seus acessórios concretizados no Brasil.
Mais informações: https://www.instagram.com/boatshoweventos/
Sobre o Grupo Náutica
Com mais de 40 anos de mercado, o Grupo Náutica traz soluções em infraestrutura, eventos e comunicação náutica. É formado pela Revista Náutica (https://www.nautica.com.br), pioneira e líder absoluta no setor; o Boat Show Eventos, maior organizadora de salões náuticos da América Latina, com edições em São Paulo, Itajaí, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e Brasília; a Metalu, maior fabricante de píeres e passarelas em alumínio do mundo. O grupo também se preocupa com as questões sociais e é detentora das ações “Só Jogue na Água o que Peixe pode Comer”, assinada pelo cartunista Ziraldo, e “Por Uma Cidade Navegável”, que busca a navegação em lugares inimagináveis, assim como desenvolve os principais Guias de Turismo Náutico do país
- Créditos: Rotas Comunicação
- Colaboração: Turismo em Pauta
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Fim de semana em Campos do Jordão tem música clássica, atividades para crianças e shows ao pôr do sol
Museu Felícia Leirner e Parque Capivari têm atrações para todos os gostos; Festival de Inverno recebe orquestras internacionais
Quem estiver em Campos do Jordão neste feriado prolongado da Revolução Constitucionalista, de 6 a 9 de junho, poderá aproveitar uma série de atividades elaboradas para agradar toda a família. A cidade, que recebe até 28 de julho o Festival de Inverno de Campos do Jordão, considerado o maior festival de música clássica da América Latina, segue com uma vasta programação cultural para brindar moradores e visitantes. E, além das belas apresentações, haverá abertura de exposição, shows de outros ritmos musicais ao ar livre e até oficinas criativas para as crianças.
Um dos destaques é a abertura do “Projeto Pôr do Sol”, ação realizada no mês de julho, sempre ao entardecer das sextas e sábados, no mirante do Museu Felícia Leirner, ao lado do Auditório Claudio Santoro. Serão apresentações musicais ao ar livre e de onde se tem uma bela vista das montanhas da Serra da Mantiqueira e da famosa Pedra do Baú. A cantora Theresa Dalme abre a programação com o show “Bossa Nova” nesta sexta-feira, 5, às 16h30. No sábado, 6, no mesmo horário, o músico Krupinsk, acompanhado da sua banda, fará uma apresentação de R&B. Naluh, Fernanda Santos, Os Jonjos, Conjunto Aguará, Capital Inicial Cover e Chris Tavares são outros nomes confirmados para as próximas semanas, até o fim do mês. Os ingressos para cada apresentação custam R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada).
Para as famílias com crianças, neste sábado, às 15h, haverá a oficina temática “Pintando o Pôr do Sol”, em que os participantes poderão vivenciar uma experiência de pintura, registrando as cores do entardecer, com ingressos nos mesmos valores das apresentações musicais. Também dentro do projeto “Férias no Museu”, as crianças que continuarem na cidade poderão participar da oficina “Brincando com as Notas Musicais”, promovida pelo Núcleo Educativo, que ensina a reconhecer e tocar notas musicais utilizando um kit de escala diatônica com 8 notas (Boomwhacker). As oficinas acontecerão nos dias 11, 18 e 25 de julho, às 15h, com ingressos a R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Para mais informações, ligue para (12) 3512-2508.
Segunda semana do festival
A agenda do Festival de Inverno de Campos do Jordão destaca as apresentações da Orquestra Bach do Festival, formada por bolsistas, com Luis Otavio Santos na regência, no sábado, 6, às 20h30); e a primeira atração internacional desta edição em Campos, com os suíços do Geneva Brass Quintet, no feriado, 9, 11h. As apresentações serão no Auditório Claudio Santoro.
No Parque Capivari, haverá performances da Brasil Jazz Sinfônica, no sábado, às 16h; da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, no domingo, às 12h; e da São Paulo Big Band, na terça-feira, às 12h.
Também acontecerão os primeiros recitais na Capela São Pedro Apóstolo, localizada junto ao Palácio Boa Vista: com o violonista Eduardo Isaac, no sábado, às 17h, e a apresentação do Quarteto Kalimera, no domingo às 11h.
Aproveitando a visita ao Palácio Boa Vista, vale se programar para ver as duas exposições que comemoram os 60 anos do espaço. A primeira, batizada de “Centenário ‘Autorretrato I’, Tarsila do Amaral”, conta com 11 obras que celebram os 100 anos do icônico autorretrato da artistas e traz outros quadros que simbolizam as diversas fases da artista brasileira. A segunda mostra “Olhar a Terra, Ver o Céu” traz 41 obras de arte contemporânea que abordam a paisagem nos dias de hoje. A entrada é gratuita.
Shows no Capivari
Além das apresentações do Festival de Inverno, o Parque Capivari também terá movimentação cultural. Um dos destaques desta sexta, é a apresentação da Orquestra Lira Monsenhor Otaviano, às 17h. No sábado e domingo, a Banda Mississipi Jazz fará shows pelo parque em horários alternados. A programação é gratuita.
No dia 8, véspera de feriado, acontece o show de Dino Fonseca, um evento fechado com vendas pelo BaladAPP. E para quem for emendar a semana do feriado em Campos do Jordão, no dia 11, quinta-feira, poderá acompanhar a apresentação da Banda Alaia.
Para Sidney Isidro, presidente do Conselho Municipal de Turismo de Campos do Jordão (Comtur), esta variada programação cultural é muito importante para cativar os turistas que buscam fazer de cada visita à cidade uma oportunidade inesquecível. “A boa gastronomia, bons hotéis e as oportunidades de passeio junto à natureza completam a experiência de viagem”.
Rafael Marcandali, diretor do Consórcio Aproveite Campos do Jordão, reforça que a cidade está buscando cada vez mais se firmar como o melhor destino de inverno do país. “E não é apenas nesta estação. Estamos trabalhando para mostrar aos turistas que a cidade mais alta do Brasil é atrativa também na primavera, verão e outono. Muitas novidades vão agitar o calendário de Campos do Jordão, atendendo tanto os moradores, quanto os visitantes”, completa.
- Créditos: Business Factory
- Colaboração: Turismo em Pauta
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Viacredi celebra o Dia Internacional do Cooperativismo
Data é comemorada em todo o mundo no primeiro sábado de julho.
Destacar o poder da cooperação para promover mudanças positivas é o objetivo das ações do Dia Internacional do Cooperativismo (DIC) em 2024. Celebrado no próximo sábado (06), o tema deste ano é “Cooperativas constroem um mundo melhor para todos”. Para marcar a data, a Viacredi, uma cooperativa Ailos, preparou uma série de conteúdos que serão divulgados nos canais de comunicação da cooperativa ao longo de todo o mês de julho.
No dia 09, a cooperativa lança o novo episódio do ViaCast, que terá o cooperativismo como pauta em pílulas de conteúdo que serão divulgadas. “O ViaCast estará disponível no YouTube e no Spotify e é uma ótima maneira de falarmos sobre a importância do cooperativismo para nossos quase 1 milhão de cooperados”, considera o diretor executivo da Viacredi Vanildo Leoni.
Ele participa do videocast, ao lado do Presidente do Conselho de Administração Sergio Cadore e da gerente regional Vânia Meisen. “Antes de falar sobre o cooperativismo, falamos sobre a cooperação, que é uma atitude, uma prática, um ato de trabalhar em conjunto que significa um valor humano, que precede o cooperativismo e traz inúmeros benefícios para a comunidade”, explica Vanildo.
Ao longo do mês a cooperativa irá compartilhar outros conteúdos sobre o cooperativismo e seu impacto transformador nas comunidades em que está presente.
Cooperação: valor essencial
Ele acentua que o cooperativismo tem a cooperação como valor essencial para atingir benefícios econômicos e sociais. “O cooperativismo é um modelo econômico organizado por meio de uma cooperativa que leva em conta a cooperação”, salienta.
Para ressaltar a importância do cooperativismo, em 1923, a Aliança Cooperativa Internacional elegeu o primeiro sábado de julho como data celebrativa. Em 1995, a data foi reconhecida oficialmente pela Organização das Nações Unidas. Desde então, é um marco fundamental no calendário do cooperativismo, que destaca a força e a importância das cooperativas no desenvolvimento social e econômico das comunidades.
Sobre a Viacredi
Maior cooperativa de crédito do Brasil em número de cooperados, a Viacredi é uma cooperativa do Sistema Ailos, com mais de 930 mil cooperados, presença em 28 municípios de Santa Catarina e Paraná, 112 Postos de Atendimentos e mais de 2 mil colaboradores. São mais R$ 12,8 bilhões em ativos, R$ 8,1 bilhões em operações de crédito e mais R$ 9,2 bilhões em depósitos totais. Constituída em 1951, a Cooperativa tem como propósito unir pessoas para transformar vidas, sempre comprometida com os princípios cooperativistas, com seus cooperados e com as comunidades onde está presente. Para mais informações: www.viacredi.coop.br
- Créditos: Katia Michelle
- Colaboração: Turismo em Pauta
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Pico da Neblina: a maior aventura do Brasil volta a receber viajantes em expedições junto ao povo Yanomami
A maior Terra Indígena do país é dona da serra dos ventos, ou o Yaripo, um lugar sagrado abre a tempora 2024/2025
Há muito tempo, na intocada floresta amazônica, os espíritos ancestrais dos Yanomami escolheram um lugar sagrado para residir: o Yaripo, conhecido por nós como Pico da Neblina, Serra dos Ventos ou a Casa dos Espíritos, montanha que carrega histórias que são passadas de geração em geração. Segundo as lendas, o grande Pajé Yoyoma, em uma visão espiritual, descobriu a imponente montanha que agora abre a sua temporada de visitação para 2024 e 2025 para receber viajantes em busca de aventura e (re)conexão com a natureza.
Uma das principais crenças está relacionada ao poder de cura e proteção espiritual. “O Pico da Neblina é a casa dos espíritos, onde fazem, às vezes, as invocações de espíritos para poder salvar uma pessoa quando ela está doente espiritualmente, que é diferente da dor física”, explica Renê da Cruz Pinto, Yanomami e guia da Vivalá.
É desta forma que a vida é levada no ponto mais alto do Brasil, a 2.995 metros. “A gente se salva, espiritualmente, pelos Pajés, e fisicamente, pelo posto de saúde. Nossa cultura é forte e viva, e é por isso que o nosso Yaripo é sagrado”, afirma Renê.
Antes de pessoas não indígenas subirem a Serra dos Ventos, elas recebem uma proteção dos caciques e tuxauas, membros de grande respeito, espiritualidade e liderança dentro da comunidade. “A gente acredita, espiritualmente, que o Pico da Neblina é muito perigoso para a visita que as pessoas desconhecidas fazem. Então, para não acontecer alguma coisa ruim para os não indígenas, os Pajés fazem uma proteção para as pessoas não ficarem doentes ou se machucarem”, destaca Érica Figueiredo, coordenadora do projeto Yaripo.
20 anos de visitação suspensa
O Pico da Neblina fica em uma sobreposição entre duas unidades de conservação, a Terra Indígena (TI) Yanomami com quase quase 10 milhões de hectares e o Parque Nacional Pico da Neblina, com cerca de 2,2 milhões de hectares. Por mais de 20 anos, a visitação ao Yaripo foi suspensa, sendo retomada apenas em 2021, após alguns anos de conversas e estruturações para que as vivências fossem realmente sustentáveis e positivas para os viajantes e a comunidade, que deve ser protagonista e a maior beneficiada financeiramente. Durante os próximos três anos, duas empresas que conseguiram a anuência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o recredenciamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estão aptas e credenciadas a operar roteiros na região com exclusividade global.
“Historicamente, desde a década de 80 acontecia a visitação desordenada ao Pico da Neblina com a invasão de turistas sem anuência dos indígenas, desrespeito aos lugares sagrados e todo lucro sendo levado para fora da Terra Indígena Yanomami”, destaca Daniel Assis, chefe do núcleo de gestão integrada ICMBio Pico da Neblina.
Uma das empresas credenciadas foi a Vivalá, que atualmente promove experiências de ecoturismo, turismo de aventura e de turismo de base comunitária em 26 unidades de conservação de 15 estados do país.
“O povo Yanomami é um povo de contato recente, com menos de 70 anos de proximidade com a sociedade não indígena. Então, tudo foi feito com muito cuidado. Desde o ano passado, participamos do edital de lançamento, feito pelo ICMBio, Funai e ISA, buscando a organização ideal para tocar esse projeto em conjunto com o povo Yanomami. Foi aí que entramos nessa história, e fomos escolhidos pelo governo e, mais importante, pelo povo Yanomami, para desenvolver esse projeto em conjunto. Estamos muito felizes em iniciar agora nossa jornada ao ponto mais alto do Brasil e que ela possa gerar preservação ambiental, enaltecimento cultural e experiências inesquecíveis”, afirma Daniel Cabrera, Cofundador e Diretor Executivo da Vivalá.
Retomada do turismo precisou ser aprovada por lideranças
O retorno dos viajantes é recente, mas a vontade é antiga. Desde 2014, os Yanomami possuíam o forte desejo de tornar realidade o plano de ecoturismo na região. Para isso, alguns parceiros estratégicos passaram a fazer parte do projeto. “ICMBio, Funai, Exército e Instituto Socioambiental (ISA) entraram na trilha aberta pelos Yanomami rumo ao Yaripo, acreditando no potencial da iniciativa como atividade econômica sustentável para a comunidade”, diz Assis.
“Chamamos a ICMBio e a FUNAI para nos apoiar nessa luta e conseguimos fazer a parceria com a ISA, que nos ajudou a construir o plano de visitação e nos apresentou a esse mundo”, relembra Renê. O plano foi feito em quatro anos, de forma colaborativa, entre organizações governamentais, não-governamentais e os Yanomami. Um dos principais pontos era o de proteção da fronteira e da sociobiodiversidade, além do bem-estar dos povos.
Retornar com as visitações no Pico não foi uma tarefa fácil, mas com certeza, já está valendo a pena. O turismo na região contribui com o desenvolvimento da comunidade, além de trazer melhorias e suporte, vindo junto com as duas empresas que chegaram na região. “Podemos chamar o Projeto Yaripo de iniciativa, para que ele não tenha fim e continue trazendo o desenvolvimento para as comunidades indígenas do povo Yanomami, mas de forma ordenada, com cautela e sempre respeitando a singularidade deste povo ancestral”, comenta Sheldon Yupuri, facilitador e agente temporário ambiental do ICMBio.
Agora, após muitos anos de planejamento e desenvolvimento do plano junto às autoridades e lideranças indígenas, a Vivalá começa a operar o roteiro para o Pico da Neblina pelos próximos três anos. A temporada 24 e 25 na Vivalá terá 12 datas de saída, nas quais mais de 120 pessoas do mundo inteiro poderão participar de experiências sustentáveis pelo Brasil. Os viajantes terão a oportunidade de conhecer comunidades indígenas e os povos originários, mas também ribeirinhos, quilombolas, sertanejos, caiçaras, entre outros grupos.
Roteiro ao ponto mais alto do Brasil dura 15 dias
A expedição ao Pico da Neblina promovida pela Vivalá é uma jornada de 15 dias, ideal para amantes de grandes aventuras de trekking. Iniciando em São Gabriel da Cachoeira (AM), os participantes se preparam na pousada e exploram a cidade antes de embarcar numa viagem que combina estradas, voadeiras e trilhas profundamente imersivas. O roteiro atravessa paisagens diversas, desde a Serra dos Ventos até a densa floresta amazônica, guiando os viajantes até Maturacá e além e colocando o povo Yanomami como protagonista da terra sagrada.
“A relação do povo Yanomami com o Pico da Neblina e a região é fundamental para entendermos a profunda ligação que os povos indígenas têm com a natureza. A integração deles com o meio ambiente é muito maior do que a nossa, e eles compreendem que fazemos parte da natureza e não a dominamos. A experiência com o povo Yanomami, na maior terra indígena do Brasil, nos ensina muito sobre a sabedoria ancestral, a inteligência e a capacidade de viver em harmonia com a natureza, aprendizados valiosos que nos inspiram a ter uma relação mais respeitosa com o meio ambiente”, complementa Daniel Cabrera, cofundador e diretor executivo da Vivalá.
Os primeiros dias são marcados por experiências autênticas, como receber bênçãos dos Pajés Yanomami e acampar em locais estratégicos como Irokae e Gavião. À medida que a jornada avança, os desafios se intensificam com elevações íngremes e trilhas exigentes até o acampamento Laje, a 1.600 metros de altitude, oferecendo vistas impressionantes do Pico da Neblina. O ponto alto da expedição é a ascensão final ao acampamento Base, a 2.030 metros, preparando os aventureiros para a escalada final até os 2.995 metros.
“Os cenários são deslumbrantes, e lá você encontra uma Amazônia extremamente única: cheia de serras e de endemismos da flora por conta da altitude. Todos aqueles que pretendem subir o Pico da Neblina recebem uma bênção dos caciques (os “tuxauas”) para proteção durante toda a jornada. Os Yanomami reverenciam a montanha, que pra eles é viva, e o caminho deve ser feito com muito respeito à natureza e aos espíritos que ali habitam”, conta Letícia Cristina, produtora de experiências da Vivalá e que realizou uma ida piloto ao Pico, onde passou nove dias e se impressionou com a tamanha diversidade, seja de culturas, línguas ou até de vistas.
Após a conquista do pico mais alto do Brasil, os viajantes desfrutam de momentos de despedida com os Yanomami, compras de artesanato local e celebrações em São Gabriel da Cachoeira.
Serão somente 12 saídas e 120 vagas na temporada 2024/2025, entre setembro deste ano e dezembro do ano que vem para aventureiros de todo o mundo. O investimento é de R$ 17.500, que pode ser pago à vista por boleto ou transferência, parcelado via PIX ou em até 12x com juros no cartão de crédito.A expedição inclui também treinamentos antes da viagem, hospedagem em pousada em São Gabriel da Cachoeira por quatro noites, duas noites na sede do projeto Yaripo em Maturacá e oito noites em acampamentos na floresta, transporte terrestre e aquático, equipamentos coletivos de acampamento, alimentação, taxa de entrada nas comunidades e uma equipe capacitada para guiar a expedição com grande atenção a segurança. Ainda há vagas disponíveis para a primeira expedição que acontecerá em 07 de setembro. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em setembro ou outras datas, acesse https://www.vivala.com.br/expedicoes/yaripo-pico-da-neblina.
Sobre a Vivalá
A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 26 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.
Com 15 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até junho de 2024, a Vivalá já embarcou mais de 4 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$ 5 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse: https://www.vivala.com.br/
- Créditos: De Propósito Comunicação de Causas
- Colaboração: Turismo em Pauta