Politica
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ICMS da aviação como estratégia fiscal para o desenvolvimento e geração de empregos
O governo de São Paulo anunciou, em fevereiro, a redução da alíquota ICMS do querosene e aviação, de 25% para 12%, a partir do próximo dia 1 de junho. O projeto está pronto para ser votado pela Assembleia Legislativa
de São Paulo (Alesp). Confiamos no entendimento dos parlamentares para a aprovação de tão importante ação. Por muito tempo foi mantida, em nosso estado, essa alíquota elevada, mas a realidade nos mostrava que era
preciso corrigir esse rumo, adaptando o nosso estado a uma realidade do mercado. Se o querosene de aviação significa 30% do custo das operações aéreas, porque manter esse patamar elevado do imposto? Quando
anunciamos a medida, houve algumas reações, com acusações de que estaríamos desencadeando uma guerra fiscal. Os fatos desmentem esses questionamentos.Outros estados já praticavam 15%, 12% e até 6%. Com os 25% cobrados em São Paulo, os aviões estavam abastecendo nas unidades da federação que ofereciam vantagens. Guarulhos, o maior aeroporto do país, começou a perder competitividade, reduzindo as conexões. Já Pernambuco, que reduziu a alíquota para 12% e 7%, ampliou sua malha aérea regional em 156%. Foi uma decisão técnica, mas levando-se em conta os benefícios que isso poderia trazer para nossa gente. O quadro de desemprego em todo o país não nos permite o luxo de deixar de pensar na questão do emprego e do giro da economia.
A redução da alíquota não foi uma ação isolada. Foi acompanhada de um compromisso com as companhias aéreas de aumentar o número de voos do estado, com mais conexões com os demais estados e abertura de novas frequências para cidades paulistas que estavam fora do roteiro da aviação comercial. As companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Passaredo já chegaram à marca de 81% da meta prevista a ser atingida em 31 de dezembro, de acordo com o compromisso assumido com o Governo de São Paulo. São 401 novos voos para diversos destinos do país e seis aeroportos paulistas que passam a receber voos comerciais: Barretos, Franca, Guarujá, Araraquara, Votuporanga e São Carlos. Ao final do processo, serão 490 novas frequências para 38 cidades em 21 estados.
Para levar o projeto adiante e obter o apoio integral do governador João Dória, foi fundamental o entendimento do secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, de que uma perda inicial de receita pela redução do ICMS seria amplamente compensada pelo compromisso firmado pelas empresas aéreas. Haverá um impacto de R$ 6,9 bilhões, com geração de 59 mil empregos e R$ 1,4 bilhão por ano em salários. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lançará campanha, em conjunto com a Secretaria de Turismo e o São Paulo Convention & Visitors Bureau, promovendo programa de incentivos para passageiros permanecerem por pelo menos um dia em cidades paulistas, o chamado stopover, que tanto sucesso tem feito em destinos como Portugal.
A ação realizada também beneficia outros estados. Mas, antes de mais nada, estamos convictos de que essas iniciativas contribuirão para uma grande alavancagem da conectividade aérea de São Paulo. Somos o estado que mais emite turistas para os demais estados, assim como somos o que mais recebe turistas. São mais de 15 milhões de pessoas que vêm de todos os cantos do país e do mundo para visitar São Paulo. Com o programa “São Paulo pra Todos” e outras iniciativas, como campanhas promocionais para atrair mais turistas de fora e para estimular os paulistas a conhecerem melhor seu estado, vamos elevar cada vez mais os nossos índices. Ou seja, mais emprego e renda para São Paulo.
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Posicionamento do Secretário Vinicius Lummertz sobre a abertura do capital das aéreas
A abertura do capital das aéreas para estrangeiros sempre esteve na pauta de nossas lutas para desenvolver o turismo do Brasil. Como presidente da Embratur ou como ministro do Turismo, participei de todas as articulações para que isso se tornasse realidade. Ainda no final do governo Temer, por sugestão minha, foi editada a primeira Medida Provisória (MP) permitindo a abertura.
Na época o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, acatou a ideia. Agora a MP foi aprovada pelo Congresso, o que vai acelerar o crescimento do fluxo turístico do país, com a entrada das empresas de baixo custo. Os integrantes do trade turístico, unidos, devem continuar a pressão.
São Paulo, com o projeto “São Paulo pra todos”, que reduzirá o ICMS para combustível de aviação e como contrapartida, as companhias aéreas passarão a oferecer mais voos a partir de diversos aeroportos paulistas, com certeza saberá aproveitar a oportunidade.
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Comunicado IATA: Aprovação da MP 863/18 pela Câmara dos Deputados
São Paulo, 22 de maio de 2019 – A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) é veementemente contra a volta da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo doméstico e internacional aprovada nesta terça-feira (21), pela Câmara dos Deputados. A IATA vê com profunda preocupação os riscos que esse movimento representa para a aviação brasileira e, consequentemente, para o consumidor.
Impor uma franquia de bagagem por passageiro afugenta o interesse de empresas aéreas internacionais e sufoca, ainda mais, o potencial da aviação comercial no Brasil, que já possui um dos combustíveis mais caros do planeta. Além disso, representa um grande retrocesso em relação às melhores práticas mundiais, pois torna as viagens cada vez mais caras. A medida ainda coloca o Brasil na contramão no que diz respeito à atração de empresas aéreas adicionais e de baixo custo para o país.
A medida também cria insegurança jurídica, pois modifica uma regra definida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que recebeu aval do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre competências legais. Seu efeito é danoso para o mercado e, principalmente, para o consumidor.
Vale destacar que a livre concorrência traz benefícios aos passageiros aéreos. A experiência em todo o mundo mostra que a força do mercado é muito mais eficaz para estimular a inovação e a criatividade do que o excesso de regulamentação do governo.
Um dos grandes desafios do Brasil é garantir que todas as empresas aéreas tenham um ambiente regulatório alinhado às melhores práticas globais, evitando-se, assim, deficiências ao setor. Países que promoveram a aviação ao modernizarem a estrutura regulatória e jurídica, eliminando o excesso de regulação e protecionismo, criaram condições ideais para o crescimento da indústria, beneficiando a todos, tanto o lado social quanto o econômico.
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Turismo apresenta pauta estratégica ao presidente da República
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, liderou na manhã desta quarta-feira (24) uma reunião entre representantes do mercado de viagens do país e o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro, que contou com a presença de 26 representantes do mercado, teve como objetivo apresentar a agenda estratégica e pauta econômica do setor para o presidente.
“Nossa meta é baratear o turismo no Brasil, seja para que os brasileiros conheçam o país, seja para que os estrangeiros venham descobrir nossas belezas e riquezas, contribuindo para gerar imediatamente mais emprego e renda”, afirmou o ministro ao apresentar, para o presidente, o grupo de empresários que, na sua quase totalidade, integram o Conselho Nacional de Turismo.
Na agenda estratégica para 2019, as ações estão focadas na redução do custo de se viajar pelos destinos brasileiros e também na melhoria do ambiente de negócios ao setor. É o caso da manutenção da alíquota de 6% do IRRF sobre remessas ao exterior por parte das operadoras de turismo, da eliminação dos impostos sobre o combustível de cruzeiros e da criação de áreas especiais de interesse turístico para atração de investimentos.
“O dia de hoje é um marco na história do turismo do Brasil porque sabemos bem onde estamos, onde queremos chegar e, mais importante, como chegar. A gente vive um novo momento no Brasil, de economia liberal, e temos propostas que trarão investimentos estrangeiros para o nosso país, como as Áreas Especiais de Interesse Turístico. O presidente está muito alinhado para que o turismo possa realmente ocupar espaço no centro da agenda econômica brasileira, criando oportunidades para alavancar a economia nacional”, avaliou o ministro Marcelo Álvaro Antônio.
Durante o encontro foram discutidas, ainda, a redução permanente do Imposto de Importação para equipamentos de parques temáticos (o que geraria investimentos da ordem de R$ 1,9 bi em dois anos) e a transformação da Embratur em agência de promoção turística internacional, que possibilitaria a realização de parcerias com a iniciativa privada.
As medidas têm como foco a geração de dois milhões de empregos e a inserção de 40 milhões de brasileiros no mercado doméstico. “Essa reunião foi muito importante porque nosso interesse é trabalhar pelo país trazendo mais turistas de fora, ampliando os turistas internos e tirando os nós que atrapalham nossa atividade”, afirmou Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos). “Escutar do presidente da República que ele vai trabalhar diretamente com o ministro do Turismo para atender no que a gente precisar, melhor do que isso é impossível”, completou.
As ações do Ministério do Turismo também têm como objetivo chegar a 12 milhões de turistas estrangeiros visitando nosso país por ano – hoje são pouco mais de 6,6 milhões. Entre as medidas, o MTur pleiteia agora, junto ao Ministério das Relações Exteriores, a concessão do visto eletrônico para cidadãos chineses e indianos (o que facilita e desburocratiza esse processo), bem como a ampliação da competitividade e da atração de companhias aéreas e operadoras de turismo internacionais.
100 DIAS – Durante a reunião no Palácio do Planalto, o presidente também ouviu dos agentes privados do setor que esta é “A Hora” do Turismo brasileiro. “Nosso setor fica grato por tantas conquistas históricas obtidas nos primeiros 100 dias de governo e que nos estimulam a acreditar que uma pauta mais extensa poderá ser levada adiante, proporcionando um ganho importante para todo esse segmento econômico”, disse Claudio Magnavita, da Associação Brasileira de Revistas e Jornais de Turismo.
Nos primeiros 100 dias, o Ministério do Turismo cumpriu 100% das metas previstas: a publicação de decreto que institui a Política Nacional de Gestão Turística dos Patrimônios Mundiais Naturais e Culturais reconhecidos pela Unesco e a Portaria Interministerial que institui a gestão compartilhada entre a Secretaria de Patrimônio da União/Ministério da Economia e o MTur para o aproveitamento turístico de terrenos e prédios de domínio da União.
Outras importantes conquistas da gestão de Marcelo Álvaro Antônio à frente do Ministério do Turismo foram a isenção do visto para turistas australianos, americanos, canadenses e japoneses, que começa a valer em 17 de junho, e a aprovação do PL 2724/2015 que prevê a abertura das companhias aéreas ao capital internacional e a modernização da Lei Geral do Turismo.
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Deputado Herculano Passos apresenta mais uma solução para o fomento do Turismo