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50% dos hoteleiros estimam faturamento em 2022 igual ao de 2019, revela pesquisa HSMAI.

Sob a temática “Comercialização Hoteleira”, pesquisa indica os rumos do mercado para os próximos 12 meses; mais de 400 profissionais do setor participaram da apuração

A HSMAI (Hospitality Sales & Marketing Association International) Brasil, associação internacional sem fins lucrativos com foco no desenvolvimento de executivos e profissionais da indústria de Hotelaria e Turismo, divulga pesquisa sobre a Comercialização Hoteleira. Para 50% dos mais de 400 profissionais hoteleiros (Revenue Managers, Diretores de Vendas, Gerentes Gerais, e outros envolvidos na estratégia) que participaram da apuração dos dados – extraídos durante eventos promovidos pela associação -, as mudanças positivas registradas pelo setor no ano passado elevaram o otimismo do mercado em relação à projeção de faturamento para 2022, que poderá atingir resultados semelhantes aos de 2019. 

Para Gabriela Otto, presidente da HSMAI Brasil, o setor hoteleiro, que tem se reinventado em um ritmo cada vez mais veloz e dinâmico, está mais unido, resiliente, criativo e competente. “A HSMAI, que é a única entidade que, além de dados de mercado, fornece dicas para quem está no dia a dia da estratégia hoteleira, se orgulha por ter caminhado ao lado dos profissionais do setor no momento em que eles mais precisavam, contribuindo diretamente para a ampliação e intensificação do pensamento estratégico. Neste sentido, lançamos o Global Coronavírus Recovery Resources, além de uma série de ações voltadas ao aperfeiçoamento do hoteleiro e recuperação do mercado ao longo dos dois últimos anos”.  

Fator fundamental para a sustentabilidade financeira das empresas, o Faturamento, de acordo com os participantes da pesquisa, apresenta sinais de que segue em franco processo de recuperação. 

Segundo o levantamento, 50% dos profissionais hoteleiros acreditam que a receita de 2022 será similar à registrada em 2019, durante o cenário pré-pandemia, considerado normal para os padrões do setor. Já a expectativa de redução na receita de até 10% foi destacada por 28% A parcela de 22% dos participantes concorda em uma diminuição entre 11 e 25%.

A pesquisa também evidencia que o avanço em share dos canais diretos durante o período pandêmico tem ligação com fatores relacionados a mudanças de comportamento do viajante, que busca por mais agilidade (potencialização da compra online), segurança (otimizada após experiências negativas por meio de intermediações) e melhores condições (apresentadas nos sites hoteleiros, que se destacam se comparados a agências de viagens online). 

Sobre a representatividade do site hoteleiro como canal direto de vendas, em 2020, para 9% dos respondentes, a plataforma representou até 5% do volume total de vendas. O canal gerou de 10% a 20% para 31% dos participantes, seguida por 34% que indicaram resultados acima de 20% provenientes do site. 

Já em 2021, a representação do site no total das vendas entre 10% a 20% foi a realidade para 42% dos participantes, seguido dos 31% daqueles que tiveram uma contribuição desse mesmo canal entre 30% e 40% na receita. Para 19% dos participantes, o site representou até 5% do total do faturamento, e 9% registraram 50% de participação do seu canal online direto no total do faturamento. 

Considerando Acordos Corporativos, 200% dos hoteleiros indicam aumento nos valores negociados para 2022. Uma diferença enorme com a visão deles em 2021, quando a  esmagadora maioria (61%) revelou manter os valores de 2020. Para 2022, esse número já caiu 20 pontos percentuais, sendo que 41% dos participantes afirmou manter os mesmos acordo do ano anterior. 

Confira a seguir mais insights do levantamento:

Grupos 

Referente à demanda, qual a sua expectativa para 2022?

Menor volume do que em 2019: 51%

Mesmo volume que 2019: 20%

Maior volume que 2019: 20% 

Sem nenhuma previsão: 9%

Venda indireta 

Qual a participação das OTAs no share de vendas em 2021? 

Até 5%: 19% 

De 10% a 20%: 41%

De 30 à 40%: 31%

Acima de 50%: 9%

Tarifa pública

Qual a variação da tarifa pública atual se comparada com as tarifas que estavam em vigor em março de 2021?

Tarifas atuais mais altas: 39%

Tarifas atuais iguais: 10%

Tarifas atuais 5% mais baixas: 5%

Tarifas atuais de 5% a 10%: 19%

Tarifas atuais de 10% a 20%: 14%

Tarifas atuais 20% mais baixas: 13%

Concorrência

Qual a sua frequência de acompanhamento dos preços da concorrência (2021)?

Diariamente através de uma ferramenta automatizado: 69%

Diariamente de forma manual: 14%

Uma vez por semana através de ferramenta automatizado: 10%

Uma vez por semana de forma manual: 5%

Outra periodicidade: 2%

Não estou acompanhando: 0%

Marketing & Tecnologia

Marketing e Tecnologia são prioridades neste momento? Sua empresa continua a investir nessas áreas (2021)?

Sim: 90%

Não: 10%

Serviços agregados

Quão relevante tem sido a inclusão de serviços agregados (política de alimentação, spa,

estacionamento, etc) na diária (2021)?

Não incluímos esses serviços: 37%

Incluímos e tem tido ótima relevância: 39%

Incluímos, mas não teve muita relevância: 24% 

Ações temporárias definitivas

Eventos híbridos, quartos home office, foco na demanda local. Essas ações são definitivas ou somente temporárias (2021)?

Definitivas: 25%

Temporárias: 23%

Devem se manter por um bom tempo ainda: 52%