Dentro do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas à ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios estão fazendo a diferença na travessia da crise. Na distribuição da prateleira dos associados ABAV, cinco produtos lideram a oferta – hospedagem em hotéis ou pousadas, pacotes com aéreo, bilhetes aéreos nacionais, seguro viagem e bilhetes aéreos internacionais. Entre os segmentos mais demandados estão sol e praia, cultural/histórico, natureza/ecoturismo, negócios e as viagens de luxo, com predominância para pacotes de lua de mel, ski e neve o que indica também valor mais alto do ticket médio. Nove em cada dez empresários apostam no crescimento das vendas online, embora apenas 36% deles tenham registrado mais de 50% de faturamento pelos canais digitais.
Ainda no grupo de associados ABAV predominaram empresas com mais de dez anos de atuação, e que têm à frente da gestão profissionais entre 36 e 65 anos, com alto grau de instrução, na maioria mulheres, revelando potencial do segmento para o empreendedorismo feminino. Na indicação dos desafios, os respondentes não divergem ao apontar o aumento no volume de vendas, a organização das finanças, e as incertezas em relação à abertura das fronteiras internacionais e ao perfil do consumidor pós-pandemia. Entre as ações de enfrentamento, apontam ser essencial a manutenção de medidas governamentais como a redução das taxas e impostos, e a extensão das linhas de crédito.
Já no grupo de associados ABAV é unânime a expectativa pela redução da alíquota do IRRF sobre remessas internacionais e a aprovação do PL 908 pela justa proporcionalidade da responsabilidade solidária das agências de viagens, dois pleitos que a entidade encampa diretamente em Brasília. A pesquisa envolveu amostra composta por 41% de microempresas, 29% de MEI e 21% de pequenas empresas. Entre as agências de turismo, 55% afirmaram trabalhar majoritariamente com emissivo.