Pagu será homenageada no Dia Internacional da Mulher
Pagu viajou por vários países. Em uma viagem a China, trouxe as primeiras sementes de soja, a pedido de seu grande amigo, Raul Bopp. Depois foi para Paris, Russía…
Patrícia Galvão nasceu em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, em 1910.Morreu aos 52 anos, em Santos.
Foi escritora, diretora de teatro, tradutora,jornalista, musa do modernismo brasileiro.
Pagu é nossa homenageada no Dia Internacional da Mulher
Eu conversei com a jornalista, escritora e pesquisadora Marcia Costa, em Santos, que destacou o papel da intelectual por trás do mito. Ela escreveu de “Pagu a Patrícia- o Último ato.” Nesta obra ela mostra toda a produção cultural e jornalística nos anos 50, tanto que segundo ela, Patrícia Galvão trocou a militância política pela militância cultural. ” Ela não quis mais ser chamada de Pagu, devido à grande decepção com o partido e todo o seu sofrimento, depois de uma prisão de dez anos..”
“…dez anos de fugas e prisões, sonhos e cicatrizes”(trecho de cartas de Pagu)
” Sou a mulher, que saiu da cadeia, aos 50 anos, para os braços do meu marido, Geraldo Ferraz, com quem me casei e tive um filho! E eu era apenas a sombra daquela que, antes, tinha ingressado no Partido Comunista!(cartas Pagu)
Marcia Costa contou que Patrícia Galvão teve uma transformação pela arte. “A literatura e o teatro a salvaram e ela já não queria ser chamada de Pagu.” Esta fase, de acordo com a jornalista, seria a consolidação e o amadurecimento.
Acima, o recado de Marcia Costa, para o Dia Internacional da Mulher.
” Procure na Pagu esta força que a mulher tem…”
Maria Estela Galvão,jornalista, de Santos, sobrinha de Pagu, também falou a respeito da importância de Patrícia Galvão.Ela destacou o papel de mulher e mãe, citando como exemplo o fato de Pagu ter sido boa dona de casa e cozinheira. Acredita que a tia tenha sido feliz no amor ao lado do jornalista Geraldo Ferraz,e nos contou sobre o livro que escreveram juntos. Além disso,lembrou das conversas que tinha com o pai, Clóvis Galvão, que sempre respeitou muito toda a trajetória da irmã, além de falar da grande amizade que aproximava os dois.