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Souvenir de viagem: guia ético de compras

SOUVENIR DE VIAGEM:
Como é possível fugir do mau gosto
e ainda ajudar a comunidade 

Ninguém merece chegar de viagem e ser gozado pelo souvenir bizarro que trouxe e que parecia engraçadinho no local. Há boas maneiras de comprar lembranças e ainda contribuir para a subsistência do artesão, produtor, e comunidade loca

O turista consciente distingue souvenir despersonalizado e feito em série do original que sustenta pessoas e comunidade visitada.

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Ao comprar souvenir é bom avaliar se contribui para a economia da comunidade visitada e o que fazer com ele em casa.
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Poucos turistas resistem à tentação de trazer para casa algum souvenir de  viagem. Afinal, ele simboliza uma soma de boas experiências com memórias. Por isto, mais que pés cansados de tanto caminhar, uma lembrança adquirida no trajeto ajuda a reviver emoções e momentos de algum lugar especial visitado.

O que está por trás

Os principais pontos turísticos do planeta estão cercados de lojas, barraquinhas ou ambulantes que vendem souvenirs com nomes e imagens dos locais. No entanto, antes de agregar peso extra à sua bagagem, vale a pena gastar um minuto e avaliar melhor o que está comprando. Qual a sua origem? Que cadeia de suprimento existe por trás da mercadoria? Será fruto de trabalho escravo, exploração infantil, ou transação desonesta?

Por trás de inocentes souvenirs produzidos em série e sem originalidade pode haver todo tipo de abuso econômico e social.

A indústria de souvenirs de viagens responde globalmente por bilhões de dólares. Em geral representa uma renda vital para a sobrevivência econômica dos produtores. No entanto, trata-se de atividade muito pouco, ou nada regulada. Por isto, é praticamente impossível interromper o fluxo internacional de importações baratas, por vezes falsificadas ou de má qualidade. O resultado é adquirir um produto nada genuíno, mas que rouba os negócios dos artesãos locais.

Turista consciente

turista consciente não deve esquecer o princípio mais nobre que rege a compra destas lembranças. É muito mais que enfeitar a prateleira de casa na volta. A meta é interagir, conhecer a cultura, e ajudar pessoas e a economia das comunidades visitadas. Para não cometer erros, eis alguns cuidados para, mesmo sem querer, dar a chave do galinheiro à raposa:

  • Sempre que possível, priorize a economia local – tente identificar produtores e artesãos locais. Desta forma você estará retribuindo à comunidade que recebe sua visita, conhecer gente fascinante, e colher histórias interessantes para contar. Regatear preços e trocar informações é para muitos a melhor parte da experiência.
Mais que enfeitar a casa, a aquisição de souvenir genuíno representa a sustentação economica de pessoas e comunidades.
  • Evite comprar produtos de origem animal – Como marfim de elefante. Ou casco de tartaruga marinha. Ou então partes extraídas de tigres ou tubarões, usadas pela medicina oriental. Isto só serve para incentivar a caça e pesca ilegais, e pode colocar em perigo espécies ameaçadas.
  • Recuse pedaços de monumentos – Não compre itens como partes extraídas do Muro de Berlim, ruínas antigas, ou lugares com grande significado cultural ou religioso. Além de causar danos, isto é proibido por lei e costuma trazer problemas na hora de embarcar.
O artesanato é uma atividade legítima que merece ser prestigiada através das compras dos turistas.
  • Cuidado com os atravessadores – Muitas lojas adquirem mercadoria diretamente do artesão ou produtor local e a revendem várias vezes mais cara. Se possível, descubra e compre direto do autor.
  • Use a sua intuição – ela é seu melhor guia para determinar a real intenção do proprietário de uma revenda. Ela pode variar desde lucrar com o trabalho alheio, até um honesto desejo de ajudar a comunidade.
Os souvenirs mais originais são geralmente os que refletem a cultura do local, como os objetos gigantes de Itu
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