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Empresas aéreas debatem desafios e progressos do setor

O Skal-SP, com patrocínio do Sabre, realizou ontem (27), no Novotel Jaraguá, em São Paulo, um almoço temático com a presença de representantes das companhias aéreas brasileiras Avianca, Azul, GOL e TAM. Os convidados, entre eles skalegas, lideranças e profissionais do trade turístico e imprensa, também contaram com uma palestra de Luiz da Gama Mór, vice-presidente executivo da TAP, que apresentou um histórico das companhias aéreas, brasileiras e mundiais, de 1999 até os dias atuais.

“É um mundo novo, não temos mais empresas parecidas como no passado, pois cada uma tem um modelo de negócio. Tenho absoluta admiração pelas empresas aéreas brasileiras”, disse o executivo da TAP. Mór ainda abordou os desafios relacionados à aviação. “O mercado deve verificar onde está o problema, porque, às vezes, está na infraestrutura e não nas companhias aéreas. Falta mais clareza de quem é a responsabilidade”, destacou.

O vice-presidente executivo da TAP discorreu, ainda, sobre o trade turístico brasileiro e enfatizou a importância do diálogo entre as companhias aéreas e as agências de viagens. “Existe muita desintegração, conflitos e necessidade de maior interação, sendo que podemos buscar soluções entre nós, sem precisar da intermediação do governo”, completou.

Mesa redonda

Após o almoço, foi iniciada uma mesa redonda, momento no qual participaram os executivos das empresas aéreas. O debate mais acentuado foi sobre o papel do agente de viagens e o pessimismo com relação à Copa do Mundo. “As agências de viagens são muito importantes para as companhias aéreas, tanto na promoção dos destinos, quanto para captação de eventos, principalmente no que diz respeito ao apoio ao passageiro”, disse Fernando Sztrajtman, gerente sênior de Vendas Brasil da TAM.

Segundo Antônio Américo, diretor Comercial da Azul, o papel deste profissional do setor é fundamental. “Ele pode contribuir cada vez mais na sazonalidade, trazendo parcerias. É imprescindível neste processo”, completou o executivo. Tarcisio Gargioni, vice-presidente Comercial e Marketing da Avianca, também opinou que “o papel do agente de viagens é muito importante, mas pouco explorado nas parcerias com organismos governamentais dos destinos turísticos e Conventions Bureau”.

Sobre a Copa do Mundo, o representante da Azul acredita que as viagens corporativas irão sofrer uma queda. “Esse é um grande desafio para mantermos a qualidade do serviço, pois o resultado é incerto. Estamos redobrando esforços com a queda do corporativo e aumento insuficiente do segmento de lazer”, completou. Para Gargioni, o momento do Mundial já começou e de forma negativa. “Vamos ter um mês de julho de baixa temporada e o setor de viagens corporativas vai aguardar o final da Copa”, disse.

Por sua vez, Fernando Mader, diretor Comercial da Gol, comentou que é importante estimular as pessoas a  viajarem. “No geral, são muitas as oportunidades de fomento ao turismo, com preços mais competitivos. Esse período de Copa do Mundo continua muito inesperado”, enfatizou.

Aristides de La Plata Cury, presidente do Skal-SP, aproveitando a presença de Antonio Azevedo, presidente da ABAV Nacional, e dos representantes das quatro empresas aéreas brasileiras, propôs uma campanha conjunta de ação imediata,  visando estimular as viagens, a preços convidativos, ainda no período da Copa do Mundo, o que foi aprovado por todos os convidados. “Esse é o espírito do Skal, desde sua fundação, há 80 anos, de tratar as divergências cordialmente, unindo o trade turístico para realizar, com amizade, negócios mais vantajosos” concluiu.