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ABIH NACIONAL, E O ESPETÁCULO CONTINUA…. | RITA MINAMI

Muito se tem falado que no turismo as associações possuem pouca representatividade, contando com raríssimas exceções. Também, que alguns jornalistas abnegados e isentos do apadrinhamento das mesmas denunciam o show de apropriações destas entidades por personalidades irrelevantes para o segmento, as quais apenas as usam como projeção pessoal com o intuito de perpetuar seus nomes, muito por conta de seus relativos sucessos profissionais e empresariais.

Infelizmente, isto não ocorre só no segmento do turismo, porém na grande maioria dos setores estas entidades possuem articulação política, força de representatividade e, de alguma maneira defendem os interesses de seus segmentos.

E nosso velho turismo? Estas entidades viciadas cultuam a dança das cadeiras, onde os velhos de sempre se apropriam das mesmas e as blindam de qualquer ameaça de mudança, fazendo prevalecer o lema “é preciso mudar para as coisas ficarem como estão!”. Promovem homenagens, premiações e confraternizações em bocas-livres e famtours, numa ação entre amigos (parafraseando a coluna do grande jornalista Fábio Steinberg).

Porém, há uma atitude mais sórdida e sub-reptícia implícita nestes atos que é a vaidade tendo como pano de fundo a perpetuação da velha política coronelista, imposta por estes decrépitos mandatários. Claro exemplo do pessoal sobre o interesse do um setor.

Fizemos este preâmbulo para ilustrar o que está ocorrendo neste momento na ABIH Nacional. Desde a última eleição, instituiu-se nesta entidade uma chapa ditatorial, comandada pelo seu presidente e ratificada por um “coro de anjos” uníssonos ao mesmo tom pelos seus nomeados diretores, assessores, etc. Ao grande estilo – coronelismo do início do século XX.

Além de atitudes aberrantes como, por exemplo, a eleição da Exclusão da ABIH-SP do quadro de membros associados, onde este “coral de anjos” mais pareciam demônios vociferando o ódio e a retaliação a São Paulo. O uso do último Conotel como um palanque político por parte do seu presidente, deixando latente seu egocentrismo e a pessoa acima da instituição.

E por fim, como um “tiro de misericórdia”, a notícia de eleição da entidade em chapa única, praticamente auto elegendo a súcia coronelista que se apropriou da entidade com objetivo de perpetuar seu poder. Enquanto em 16/08 os jornais noticiavam a criação e candidatura da Chapa “Renovação e União”, liderada pela brilhante Vanessa Pires Morales – presidente da ABIH-GO, dez dias após, os mesmos jornais anunciavam a inscrição da chapa “impugnada” pela atual gestão da ABIH.

Se por um lado a clara proposta da nova chapa era “…principalmente para debater e criar meios de crescimento para o setor!”, por outro lado, fez-se prevalecer a blindagem da entidade através de atitudes não muito éticas e com ações pouco ortodoxas do atual presidente, não medindo esforços para descaracterizar os concorrentes, sob o pretexto “legal” de regulamento interno, prazos legais, etc, etc… O cerne da questão é que com o passar do tempo e com a perpetuação desta metástase na entidade, o setor vai cada vez mais perdendo a representatividade.

Este é o momento de enaltecer e apoiar a atitude desta guerreira que, junto com mais alguns hoteleiros de verdade, reuniram força e coragem para se insurgir contra esta farândola aventureira, obtusos à realidade do turismo global, e que mal vivem seus micro cosmos hoteleiros, querendo ditar regras a um segmento que é muito maior do que seus egos.

Basta deste espetáculo típico de uma tragicomédia grega. Parabéns, Vanessa Morales que, com esta atitude mostra que nem tudo está perdido no turismo.  Continuaremos remando…